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McLaren P1 completa 10 anos. Foto: Divulgação/McLaren Automotive

  

Hipercarro que virou marco no desenvolvimento de veículos híbridos de alta performance, o McLaren P1 em sua versão de produção foi revelado em março de 2013 no Salão de Genebra. O esportivo traz motor biturbo V8 M838TQ de 3,8 litros alcançando 737 cv. Combinado com o motor elétrico de 179 cv, resulta no total de 916 cv.

 

O McLaren P1 foi totalmente vendido poucos meses após a sua apresentação – em novembro de 2013, as 375 unidades já estavam destinadas. A construção do primeiro McLaren P1 foi concluída em setembro de 2013 e o último, em dezembro de 2015.

 

Performance continua impressionante 

Seus números de desempenho seguem invejáveis: aceleração de 0 a 100 km/h em 2s8; de 0 a 200 km/h em 6s8; e 0 a 300 km/h em 16s5; e velocidade máxima de 350 km/h.  Juntamente com o reconhecido trem de força híbrido a gasolina e elétrico, o McLaren P1 foi sustentado pelo baixo peso do veículo e o extenso trabalho aerodinâmico.

 

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O monocoque MonoCage em fibra de carbono do McLaren P1 foi um desenvolvimento da estrutura MonoCell usada no supercarro McLaren 12C e um ponto chave para otimizar a massa num veículo com o levíssimo peso de 1.395 kg sem os líquidos. A bateria de tração do sistema híbrido, montada abaixo do MonoCage de fibra de carbono, pesa somente 96 quilos. Em ordem de marcha, o peso chegou a 1.490 kg.

 

Foto: Divulgação/McLaren Automotive

 

Os painéis da carroceria em fibra de carbono do McLaren P1 compreendem painéis dianteiro e traseiro montados no MonoCage central; duas aletas de acesso na traseira; capô frontal e duas portas. Pesando um total de apenas 90 kg, os painéis têm espessura extraordinariamente pequena, mas são igualmente muito fortes, afirma a McLaren.

 

O McLaren P1 não tinha tapete no assoalho (era considerado desnecessariamente pesado) nem isolamento acústico. O vidro foi reprojetado para ter peso reduzido: o teto de vidro superleve foi quimicamente enrijecido e tem a espessura de apenas 2,4 milímetros. O para-brisa tem grossura de somente 3,2 milímetros, incluindo uma camada plástica intermediária, economizando na época 3,5 quilos sobre os 4,2 milímetros do para-brisa do 12C.

 

A asa traseira do McLaren P1 otimiza a aerodinâmica por meio de ajuste automático. Pode alongar a traseira em até 300 milímetros nas pistas e 120 milímetros nas ruas. Isso foi desenvolvido usando o mesmo software e metodologia da equipe McLaren de Fórmula 1.

 

Foto: Divulgação/McLaren Automotive

 

O DRS (Sistema de Redução de Arrasto) foi integrado ao desenho do McLaren P1 para reduzir a pressão aerodinâmica e aumentar a velocidade de retas, por meio do levantamento da asa traseira, ao invés da utilização de uma aleta móvel.

 

Uma combinação de modelagem aerodinâmica em CFD (computational fluid dynamics) e muitas horas de túnel de vento focadas na performance aerodinâmica resultaram na carga aerodinâmica de 600 quilos obtida a uma velocidade bem abaixo da máxima alcançada pelo P1.

 

 

Dez fatos sobre o McLaren P1

1) O McLaren P1 vai de zero a 300 km/h em 16,5 segundos – 5,5 segundos mais rápido que o lendário McLaren F1.

2) O McLaren P1 pode trafegar no modo totalmente elétrico e com zero emissões em curtas distâncias no tráfego urbano.

3) No modo corrida, o McLaren P1 baixa até 50 milímetros e as molas endurecem até 300 por cento, permitindo ao carro fazer curvas a mais de 2 g (duas vezes a força da gravidade).

4) A asa traseira ajustável do McLaren P1 alonga a carroceria em até 120 milímetros nas ruas e até 300 milímetros nas pistas.

5) Discos de carbono cerâmica revestidos de carbeto de silício (composto químico de carbono e silício) permitem ao McLaren P1 frear dos 100 km/h a zero em apenas 30,2 metros.

6) O escapamento de Inconel (superligas de níquel cromo) ao estilo da Fórmula 1 segue a mais direta rota do motor à traseira do McLaren P1 e pesa apenas 17 quilos.

7) O volante do McLaren P1 é tecnicamente tão preciso quanto o usado pelos pilotos da McLaren; a “pega” dos McLaren campeões de Fórmula 1 foi moldada no sistema CAD durante o desenvolvimento e escaneada para produzir uma réplica exata.

8) Cada McLaren P1 foi construído por uma equipe de 82 técnicos em quatro turnos de processo de montagem. Do começo ao fim, cada carro foi concluído em 17 dias.

9) Durante seu programa de desenvolvimento, o McLaren P1 cobriu mais de 620.000 quilômetros de testes, equivalente a mais de 15 voltas pela Terra.

10) O nome P1 é originado das corridas de Grande Prêmio – P1 significando “primeira posição”, mas há também uma herança no nome: o McLaren F1 foi inicialmente conhecido como Project 1, ou P1.

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