M50d é BMW X5 “diferente”: diesel, forte e versátil

A BMW lança no Brasil seus primeiros carros movidos a diesel. Os propulsores com tecnologia triturbo fazem parte da gama do SUV X5, e CARRO ONLINE teve a oportunidade de levar à pista de testes a opção mais nervosa, a M50d. Descobrimos que a máxima “quem se define, se limita” nunca fez tanto sentido quando aplicada a um carro.

À primeira vista, o X5 é óbvio. Trata-se de um SUV grande.  Mas o pacote M de estilização já o deixa com um aspecto mais esportivo, com calotas exclusivas e as inscrições da linha de alto desempenho da marca bávara.

O “M” não está lá por acaso. Sob o capô, o X5 M50d ostenta o bloco 3.0 de seis cilindros em linha, de 386 cv de potência e 75,4 kgfm de torque — este, uma monstruosidade capaz de impulsionar as mais de duas toneladas do utilitário de zero a 100 km/h em apenas 5s38. E isso abastecido com diesel, que não tem no desempenho seu principal atributo (a potência começa a declinar a partir das 4.400 rotações).

A grande responsável por essa performance esportiva do SUV é a tecnologia triturbo. Isso mesmo: são três turbos (dois pequenos, um maior) instalados de maneira compacta dentro do bloco. Enquanto em baixas rotações apenas um dos “turbinhos” é acionado, quando o giro sobe às 2.000 rpm o “turbão” entra em ação para dar mais aceleração ao X5. Já próximo ao pico de potência (a 4.000 rpm), o terceiro turbo (o outro “turbinho”) também começa a reaproveitar os gases da exaustão, entregando o máximo de torque e potência ao X5. 

Na hora de frear, outra surpresa: o jipão precisou de apenas 37,5 m para parar por completo a partir dos 100 km/h. Compare: o resultado é menos de um metro a mais do que o necessário para segurar um Audi TT, que carrega apenas duas pessoas e tem carroceria de alumínio.

O mais impressionante, no entanto, é a suavidade com que o X5 despeja toda sua força. Embora esteja bem acima do solo em comparação a carros esportivos “puros”, sua dinâmica é voltada para proporcionar toda a sensação de conectividade necessária ao condutor. A tração 4×4 xDrive é que se encarrega de estabilizar o SUV, dando precisão aos movimentos, segurança e estabilidade para contornar curvas com maestria.

COMODIDADE DE MINIVAN
Mas a BMW não poderia se esquecer que o perfil de público que adquire um utilitário como o X5, ainda mais se movido a diesel, não tem o desempenho como prioridade. Por isso que o M50d não é um verdadeiro carro “M”, e sim uma adaptação moderada do que a linha de performance da BMW pode fazer. E isso é percebido quando o condutor opta pelo modo de condução econômico e passa a tratá-lo com parcimônia.

Com 85 litros no tanque de combustível, o X5 M50d tem uma autonomia de quase 1.000 km. Em nossos testes, ele obteve média de 9,7 km/l na cidade e 14,1 km/l na estrada (média ponderada de 11,6 km/l, e nós já falamos o quanto ele pesa). E a viagem é como se espera: silenciosa e cheia de entretenimento, incluindo para os passageiros de trás. São duas telas multimídia para quem vai ali. Nesse quesito, porém, há uma ressalva: ambas as telas não são sensíveis ao toque e não há entrada HDMI, uma falha considerável da BMW.

Diversos porta-objetos espalhados pela cabine, bancos bipartidos e reclináveis, ar-condicionado de quatro zonas e um porta-malas com abertura e fechamento elétricos, com capacidade para 650 litros de bagagem, completam a vida cômoda e versátil que os ocupantes de um carro de luxo procuram.

Para aliviar o trabalho do motorista, o X5 é equipado com um conjunto de radares, sensores e câmeras que mapeiam todo o entorno do modelo, oferecendo recursos como piloto automático adaptativo e estacionamento autônomo.

A notícia ruim é que esse carro é um sonho restrito a poucos. O X5 M50d custa R$ 474.950. Para quem tem esta bala na agulha, o investimento é certeiro. Não faltará emoção ao volante, conforto para a família e versatilidade para o dia-a-dia.