Chegam ao mercado as opções de entrada e intermediária do Volkswagen T-Cross, para agitar o segmento de SUV’s compactos, agora a linha está completa
Por: Edison Ragassi
Fotos: Pedro Danthas- Divulgação VW e ER
No Brasil o mercado segue a tendência mundial, os modelos de veículos SUVs estão em alta. Ano passado, no mercado nacional eles representaram 24,38% dos emplacamentos o que soma 512.429 unidades.
E a Volkswagen não disputava uma importante fatia deste bolo, representada pelos SUVs compactos. Fabricado em São José dos Pinhais (PR), o T-Cross chega para suprir esta necessidade.
VW T-Cross 200 TSI: preços, equipamentos e opcionais
A opção de entrada é a 200 TSI com motor 1.0l turbo de 3-cilindros e injeção direta de combustível. Ele entrega potência de 128 cv (E)/116 cv (G), o torque é o mesmo com qualquer combustível 20,4 kgfm. O comprador pode optar por câmbio manual de seis marchas, que tem preço sugerido de R$ 84.990 ou automático por R$ 94.490.
Da fábrica sai com um bom pacote de itens como o controle de estabilidade, seis airbags, freios a disco nas quatro rodas, bloqueio eletrônico do diferencial, direção eletroassistida, ajuste de altura e distância para o volante. Tem ainda o assistente para partida em rampas, sensores traseiros de estacionamento, sistema ISOFIX para fixação de cadeiras infantis, faróis com função que mantem as luzes acesas após o motorista sair do carro, faróis de neblina que iluminam o interior da curva, luzes de condução diurna e lanternas traseiras em LED, suporte para smartphone com entrada USB que carrega o aparelho, travas e vidros elétricos nas quatro portas e volante multifuncional.
É possível equipar ainda mais o SUV compacto da VW, para isso basta desembolsar mais R$ 1.720 e adquirir o Pacote Interactive I. Ele é composto por sistema de som Composition Touch com tela tátil colorida de 6,5” e App-connect, dois alto-falantes adicionais (além dos quatro de série), câmera de ré e sensores dianteiros de estacionamento, assim o preço final chega a R$86.710.
Exclusivo para o modelo com câmbio automático, o Pacote Interactive II inclui o retrovisor com rebatimento elétrico, câmera de ré e sensor de estacionamento dianteiro por R$ 1.590, o que vai elevar o custo a R$96.080.
T-Cross Comfortline 200 TSI: preços, equipamentos e opcionais
Para o T-Cross Comfortline 200 TSI Automático a Volkswagen estipulou preço sugerido de R$ 99.990. Ele traz entre os itens de série: ar-condicionado digital, banco do motorista com ajuste lombar, câmera de ré, indicador de pressão dos pneus, manopla da alavanca de câmbio revestida de couro, porta-luvas refrigerado, sistema de variação do espaço do porta-malas, rodas de liga leve de 17” com pneus 205/55 R17, sensores dianteiros de estacionamento (além dos traseiros) e sistema de frenagem automática pós-colisão.
Visual diferente para o VW T-Cross Comfortline 200 TSI Automático
No visual é diferente do 200 TSI Automático já que tem detalhes cromados na grade dianteira (pintada em preto brilhante), as colunas centrais também são na cor preto brilhante e o para-choque traseiro com apliques cromados na região inferior. O interior tem revestimento interno na cor azul escuro e detalhes decorativos no painel.
Para essa versão intermediária, há quatro pacotes opcionais. O Exclusive & Interactive que inclui sistema de infotainment Discover Media com navegador via satélite, tela de 8 polegadas, comando por voz e entrada USB no console central, iluminação ambiente em LED, seletor do modo de condução, sistema de abertura das portas sem chave e partida do motor por botão. Os espelhos retrovisores externos são com rebatimento elétrico e tapetes adicionais de carpete por R$3.950.
O pacote Sky View II traz o teto solar panorâmico, espelho retrovisor interno eletrocrômico e sensores de chuva e crepuscular (R$4.800).
E o pacote Design View inclui bancos de couro com detalhes na cor Marrakesh Brown e apliques decorativos no painel com detalhes na cor bronze namíbia (R$1.950).
Ao optar por todos os opcionais, o T-Cross versão Comfortline 200 TSI Automático custa R$ 110.690.
Impressões ao dirigir
A Revista Carro dirigiu no Rio de Janeiro, a versão Comfortiline. O teste drive aconteceu no trecho entre a Barra, Mangaratiba, e até o Aeroporto do Galeão, o que totalizou média de 220 km.
Ao entrar no SUV compacto, para identificar que se trata de uma versão abaixo da Highline e necessário olhar no painel de instrumentos e observar que os mostradores são analógicos. Isso porque os detalhes do interior lembram os utilizados no modelo topo de linha. Apesar da cor da carroceria ser cinza, o painel tem detalhes na cor na cor bronze namíbia. A mesma aparece nas laterais dos bancos, já que no modelo avaliado eles são revestidos em couro. O revestimento do teto é preto, o que forma uma boa combinação.
Importante ao entrar em carro pela primeira vez é ajustar o banco na posição confortável, a qual permita visualizar os instrumentos e os espelhos retrovisores. No T-Cross é fácil encontrar este equilíbrio e ainda manter a sensação de estar em um carro alto.
A tela tátil do multimídia no centro chama a atenção pela simplicidade de manusear e a quantidade de informações oferecidas. Parte delas, se o motorista preferir, podem ser replicadas na pequena tela posicionada entre os mostradores de velocidade e giro do motor.
“Motor 1.0 num carro deste tamanho?”
É comum quando o teste drive é longo, parar em alguns pontos para fotografar o modelo com um cenário diferente. Na primeira parada para capturar imagens, um motociclista curioso aproximou-se e comentou: “É lançamento da Volkswagen? Qual é o motor”?
E a resposta causou surpresa: “1.0L 3-clindros turbo! Mas motor 1.0, num carro deste tamanho?”.
A motorização do modelo de entrada do T-Cross, realmente causa surpresa em vários consumidores, pois há pessoas que ainda acreditam que motor 1 litro é só para carro popular.
Mas o dowsize, redimensionamento dos motores, chegou para ficar. Eles diminuem de tamanho, cilindrada e aumentam a potência e torque. O fato é que em um motor compacto, acoplado ao câmbio automático de 6 marchas, a VW extrai 128 cv de potência e 20,4 kgfm de torque, o que é suficiente para proporcionar excelente desempenho ao SUV.
Nas condições de trânsito carregado, como o enfrentado no primeiro trecho, é necessário acelerar pouco. Um leve toque no pedal faz ele movimentar-se, até a velocidade de 60 km/h mantém-se em 1.500 rpm, na quarta marcha.
Neste trecho algumas imperfeições do asfalto foram suficientes para mostrar o bom acerto das suspensões, consegue absorver bem o impacto sem causar desconforto aos ocupantes.
Na rodovia, o desempenho condiz com um veículo deste porte. Não há esforço para chegar aos 100 km/h. Para atingir esta velocidade o conta-giros chega até os 2.500 rpm. Ao engatar a sexta marcha, vale destacar que as trocas são macias, sem trancos, e ter a velocidade estabilizada, mantém-se em 1.800 giros.
Bom na chuva
A volta de Mangaratiba proporcionou uma experiência difícil de ser programada. Ocorreu com chuva torrencial. Nestas condições os limpadores, o ar-condicionado e o desembaçador traseiro funcionaram positivamente. Chuva forte exige prudência, é bom reduzir a velocidade, porém, o carro passa segurança para manter 100 km/h, a máxima da via.
Ele tem um sistema que atua nos freios dianteiros, em situação de chuva, as pastilhas movimentam-se para limpar os discos, o que proporciona uma frenagem mais segura.
Também foi possível perceber o bom isolamento acústico, pois, o som da chuva invade a cabine em níveis suportáveis.
Vale destacar também a capacidade de aceleração e retomada, não causa susto nas ultrapassagens, aproximou-se do veículo que vai à frente, ligue a seta para a esquerda, verifique o retrovisor e dê um simples toque no acelerador, que a ultrapassagem está feita sem esforço.
Modelo global, o Volkswagen T-Cross 200 TSI está muito bem acertado para as condições brasileiras.
“Chegam” ao mercado…