A Lamborghini confirmou nesta quarta-feira (27) o lançamento do utilitário esporte Urus e o previu para 2018. Será o terceiro modelo da exclusiva gama da grife italiana, ao lado dos superesportivos Huracán e Aventador. Por ora, o mundo conhece apenas o conceito do SUV, mostrado na China em 2012.
A fabricação do Urus será em Sant’Agata Bolognese, cidade-sede da Lambo. O chefão da marca, Stephan Winkelmann, declarou por meio de nota oficial que este “é um momento de orgulho para todos na Lamborghini, e o começo de uma nova era”. E acrescentou: “Estamos defendendo o valor global de um produto ser made in Italy“.
Não é apenas modo de falar: para que o Urus saia do papel, houve um acordo fiscal entre a Lambo e o governo da Itália, liderado pelo jovem (40 anos) premiê de centro-esquerda Matteo Renzi. A participação oficial se deu por meio de um ministério e uma agência de invesitmentos domésticos. Também ajudou o governo da região de Emilia Romagna, onde fica a sede da fabricante. Por fim, representantes de sindicatos participaram da negociação, fazendo do Urus um curioso caso de carro de luxo “socialista”.
O resultado será a contratação de cerca de 500 novos funcionários para a fábrica da Lamborghini, que vai praticamente dobrar de tamanho (de 80 mil m² para 150 mil m²) para acomodar a linha de produção do SUV. Não há dados técnicos disponíveis, mas como a Audi é o braço do grupo Volkswagen mais diretamente envolvido no controle da Lambo, ao menos parte da estrutura do Urus deve vir do SUV Q7.
A previsão é de vender 3.000 unidades do novo carro por ano, prioritariamente nos Estados Unidos, China, Oriente Médio, Reino Unido, Alemanha e Rússia. Especulações preliminares apontam preço mínimo de US$ 200 mil. Rivais? Range Rover e futuros SUVs de Bentley e Aston Martin.