A Lamborghini deve anunciar nesta quarta-feira (26) os detalhes do acordo que a marca fechou com o governo italiano para a produção de seu primeiro SUV. Conforme adiantou o site Automotive News, a administração de Matteo Renzi, primeiro-ministro da Itália, beneficiará a empresa com isenções fiscais para a fabricação do Urus, conceito apresentado em 2012 na China.
Os termos do acordo entre as partes residem no compromisso da empresa em contratar 500 funcionários locais em troca de 80 milhões de euros em abatimento de impostos e outros incentivos, com o objetivo de aumentar a produção no país.
Além de Stephan Winkelmann, presidente da Lamborghini, o CEO da Audi (braço sob o qual a marca italiana está integrada no Grupo Volkswagen), Rupert Stadler, também estará presente no anúncio. Segundo o site, a Audi tem interesse em ampliar o portfólio da Lamborghini com alternativas aos superesportivos de dois lugares, devido à maior dificuldade de comercializá-los em países emergentes.
Para reduzir os custos de produção do Urus, o chassi e outros componentes importantes do modelo serão fabricados em outras plantas da VW, como a da Eslováquia, onde são produzidos o Audi Q7 e o VW Touareg, bem como a estrutura do Porsche Cayenne. Todos os três compartilham a mesma arquitetura (que deverá ser usada também no SUV italiano).
A chegada do Urus acontece num período de crescimento de vendas da Lamborghini ao redor do globo. Ano passado, a marca comercializou 2.530 carros, um recorde, após aumentar em 19% suas vendas. O modelo deverá competir diretamente com os novos SUVs ultraluxuosos da indústria, como o Bentley Bentayga (o mais próximo de estrear no mercado) e o Maserati Levante, além dos futuros crossovers de Aston Martin e Rolls-Royce.
