Embora o falso cognato possa nos confundir, Renegade, em português, também pode ser traduzido como rebelde. Portanto, um nome que desperta um sentimento tão desafiador deve ser acompanhado de um comportamento coerente com essa ideia. Mas não é o caso da versão Sport flex desse Jeep.

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Jeep Renegade Sport Flex manual

Equipado com o motor 1.8 E.torQ Evo, o desempenho do Jeep aquém do esperado, ao contrário do que o seu nome e porte robusto possam sugerir. Mesmo com as modificações introduzidas pela fabricante, o propulsor herdado da Fiat mantém praticamente os mesmos valores de potência e torque, ou seja, 132 cv e 19,1 mkgf, respectivamente. 
Considerando os 1.393 kg do modelo, a relação peso/potência é de 10,5 kg/cv. Na prática, significa dizer que o motorista não pode ter preguiça ao dirigir este Renegade.

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Na pista de testes, o Jeep até obteve marcas razoáveis na aceleração de 0 a 100 km/h, por exemplo, com 12s2. Mas tanto na cidade quanto na estrada, é preciso trabalhar com o câmbio para manter o motor próximo de 3.500 rpm. Abaixo dessa faixa, o motor mostra muita dificuldade para embalar o carro e exige bastante paciência do condutor. Felizmente, essa tarefa é facilitada pelo câmbio com marchas adequadas e de fácil manuseio.

Versão deixa a desejar em desempenho

Ao contrário do que se esperava, o consumo de combustível não foi empolgante. Em nossos testes, o SUV obteve média de 10,2 km/l em rodovias e apenas 6,8 km/l em circuito urbano (abastecido com etanol). 

Mas, se o desempenho do Renegade Sport 1.8 flex decepciona, a dirigibilidade é exemplar, corroborada por uma direção precisa e pela ótima estabilidade. Mesmo em velocidades mais altas, a carroceria não inclina em demasia, e o acerto da suspensão é bastante equilibrado, propiciando conforto mesmo em trechos de terra ou sobre pisos mais acidentados.

Partindo de R$ 69.900, o Renegade Sport 1.8 vem bem equipado, com destaque para faróis e lanternas de neblina, controles eletrônicos de estabilidade e de tração e assistente de partida em rampa, por exemplo. Mas para equipá-lo como o modelo que ilustra estas páginas, é preciso desembolsar mais R$ 16.050, o que dá direito a acrescentar teto solar, central multimídia com monitor de 5’’, câmera de ré e mais cinco airbags, além dos obrigatórios por lei.

Acabamento é caprichado, não há rebarbas e design transmite robustez

DADOS DE FÁBRICA

Velocidade máxima (km/h): 190
Motor disposição/número de válvulas: Dianteiro, transversal, 4 cilindros/16
Cilindrada (cm³): 1.747
Potência (cv): 132 a 5.250 rpm
Torque (kgfm): 19,1 entre 3.750 rpm
Câmbio: manual, 5 marchas
Suspensão (dianteira/traseira): McPherson/McPherson
Peso vazio/capacidade máxima de carga (kg): 1.432/400
Porta-malas (litros): 260
Peso rebocável (sem freio) (kg): 400
Tanque de combustível (litros): 60
Pneus (veículo testado): Pirelli 205/60 R16
Comprimento/largura/altura (mm): 4.232/1.798/1.678
Entre-eixos (mm): 2.570

NOSSAS MEDIÇÕES 

Aceleração:
0-60 km/h (m): 5,3 (50,4)
0-80 km/h (m): 8,1 (105,3)
0-100 km/h (m): 12,2 (206,9)
0-120 km/h (m): 17,5 (368)

Retomadas:
40-100 km/h em 3ª marcha (s): 12,1
60-120 km/h em 4ª marcha (s): 17,3
80-120 km/h em 4ª marcha (s): 11,0

Consumo em km/l de etanol:
Cidade: 6,8
Estrada: 10,2
Média PECO: 8,3
Autonomia em km: 498
 

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