Quem pensa em um sedã premium intermediário no Brasil certamente lembra de Classe E, Série 5 ou A6, que formam, nesta ordem, a tríplice coroa do segmento acima de R$ 250.000. É verdade que, desde 2008, o Jaguar XF era alternativa aos alemães — mas a nova geração do inglês está mais preparada para a missão.

Veja os preços e equipamentos do novo Jaguar XF

Não é só no visual que o XF se inspirou no novato XE. A adoção maciça de alumínio também se faz presente no modelo, assim como os motores 2.0 turbo e V6 3.0, que sempre têm câmbio automático de oito marchas e tração traseira.

A versão avaliada, R-Sport, representará 70% das vendas

A principal diferença no conjunto motriz está nos 40 cv extras que separam o XE S do XF mais potente, que conta com 380 cv. A potência adicional é tentadora, mas mesmo para clientes dispostos a pagar, no mínimo, R$ 264.700, a razão ainda fala alto. De acordo com a Jaguar, 70% das vendas do novo XF serão da versão R-Sport, que mantém o motor 2.0 de 240 cv da versão inicial e adiciona itens cosméticos e suspensão mais firme por R$ 288.600.

O preço elevado vem acompanhado de uma lista de equipamentos respeitável, mas controlador de velocidade adaptativo, painel digital e sistema de estacionamento automático são opcionais. Até aí, nada incomum: tais itens também são oferecidos à parte pela concorrência. O mais estranho, aqui, é a impossibilidade de colocar no XF 2.0 a prática chave presencial. 

O XF acelera de 0 a 100 km/h em 7s8

Fora esse detalhe, o XF faz o mesmo que o XE, só que com mais espaço e uma dor de cabeça a menos. Por mais que o para-choque frontal do R-Sport tenha uma saia mais baixa, evitar que a peça raspe em valetas é uma tarefa muito mais fácil no modelo do que no “irmão menor”.

O espaço é ótimo para quatro adultos, inclusive para a cabeça de quem vai atrás, já que os bancos baixos fazem os passageiros inclinarem o corpo para trás naturalmente. O isolamento acústico é equivalente ao dos rivais, mas a suspensão mais dura e a direção com assistência elétrica rápida devem agradar os fãs de BMW.

No interior, o painel digital é oferecido como opcional

O menor peso garantiu um ganho de 0s5 na aceleração de 0 a 100 km/h. O destaque, porém, é o consumo, que melhorou 31% em nossa avaliação. Se antes já era um rival capaz de incomodar os alemães, agora ele pode se tornar a nova referência do segmento.

Nossas medições

ACELERAÇÃO em segundos
0-40 km/h (m) 2,4 (12,6)
0-60 km/h (m) 3,8 (32,9)
0-80 km/h (m) 5,7 (70,1)
0-100 km/h (m) 7,8 (123,1)
0-120 km/h (m) 10,6 (209,3)
0-140 km/h (m) 14 (331,2)
0-160 km/h (m) 18,4 (515,3)
0-180 km/h (m) 24,2 (791,1)
0-200 km/h (m) 32,6 (1.233,3)
0-400 m (km/h) 15,7 (148,1)
0-1000 m (km/h) 28,3 (190)
RETOMADA
40-100 km/h em Drive 5,8
60-120 km/h em Drive 7,7
80-120 km/h em Drive 5,2
FRENAGEM EM METROS
60-0 km/h 15,4
80-0 km/h 27
100-0 km/h 41,7
120-0 km/h 60,2

Dados de fábrica

Velocidade máxima (km/h) 248
Motor disposição/número de válvulas L4, diant., long.,turbo/16V
Cilindrada (cm³) 1.999
Potência (cv) 240 (G) a 5.500 rpm
Torque (mkgf) 34,7 (G) a 1.750 rpm
Câmbio Automático, 8 marchas
Suspensão (dianteira/traseira) Triâng. sobrepostos/multibraço
Peso vazio/cap. max. de carga (kg) 1.590/620
Diâmetro de giro (m) (esq./dir.) 11,6
Porta-malas (litros) 505
Peso rebocável (kg) (sem freio) 750
Tanque de combustível (litros) 74
Pneus (veículo testado) Continental SC 245/45 R18
Comprimento/largura/altura (mm) 4.954/1.880/1.457
Entre-eixos (mm) 2.960

Medições Mercado

CONSUMO em km/l de gasolina
Consumo cidade 8,1
Consumo estrada 15
Consumo médio (PECO) 11,2
Autonomia em km 828

 

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