Peugeot 5008 tem capacidade para sete ocupantes. O modelo é um 3008 maior, em ambos o motor é 1.6 THP e o câmbio é o automático de 6 marchas.

A preferência por parte do consumidor em adquirir um SUV continua a crescer. E de veículos investem para desenvolver modelos que agradem este tipo de público. Pelos lados da Peugeot, a novidade é o 5008, uma versão ‘estendida’ do 3008 que estreou no Brasil em junho do ano passado, com mais dois bancos e assim acomoda até sete pessoas.

No visual ambos são parecidos. Para perceber a diferença é necessário prestar muita atenção ao molde da tampa traseira. A do 3008 tem linhas arredondadas e a do 5008, linhas retas. As lanternas são idênticas com uma faixa black piano no centro, a qual faz a ligação entre as molduras.

Quem quiser identificar a principal diferença terá que colocar um ao lado do outro e utilizar uma fita métrica, pois ela está nas dimensões. O SUV menor tem 4,4 m de comprimento e distância entre-eixos de 2,7 m, enquanto o maior mede 4,6 m com entre-eixos de 2,8 m.

Os dois bancos extras estão encaixados no assoalho e o fato de ampliar o tamanho da carroceria e entre-eixos fez crescer também a capacidade do porta-malas. Enquanto o 3008 oferece 520 litros, sem rebater os encostos traseiros, o 5008 tem 780 litros com os encostos traseiros em posição normal. O 5008 está um pouco mais pesado: 1.632 kg em ordem de marcha contra 1.567 kg do 3008.

A versão Griffe do 5008 é a de entrada e tem preço sugerido de R$ 157.490. Traz entre os itens de segurança seis airbags (dianteiros/ laterais e de cortina), freios com ABS e distribuição eletrônica de frenagem, controle eletrônico de estabilidade, sistema de auxílio de partida em aclive (Hill Assist), engates Isofix para dois bancos infantis, carregador de celular via Wi-Fi, sistema multimídia com tela tátil, sistema VisioPark (câmera de ré traseira com visão 180º).

Na opção topo de linha Griffe Pack o preço sugerido é de R$ 166.490. O carro tem soluções de condução semiautônoma como o controle de cruzeiro adaptativo (diminui a velocidade programada e mantém a distância do veículo que vai à frente sem intervenção do motorista), tem ainda alerta e correção de permanência em faixa, leitor de sinalização de velocidade, freio de segurança ativa (sistema que identifica perigo de colisão e freia o veículo), detector de fadiga, auxílio de farol alto e sensor de ponto cego ativo.

O interior é requintado, todos os bancos e painel com acabamento em couro, massageador nos bancos dianteiros, ar-condicionado de duas zonas com saída para os passageiros do banco traseiro (que contam com mesinhas tipo avião), teto solar e panorâmico.

Uma das qualidades do 5008 é a posição de dirigir. O denominado I-Cockpit 2.0 passa a sensação de que você ‘veste o carro’. O volante baixo, na altura do peito, não prejudica a visualização do painel de instrumentos e passa a sensação de dirigir um kart, ou operar o console do vídeo game.

O painel de instrumentos é digital, há telas que mostram informações variadas, desde a velocidade e giro do motor até o posicionamento do carro em relação as faixas e veículo que vai á frente. Todas fáceis de acessar via comando no volante.

Em relação ao 3008, a Peugeot também não mudou o motor. Ele é o 1.6 THP turbo movido a gasolina, com 165 cv a 6.000 rpm e torque de 24,5 kgfm a 1.400 rpm.

Apesar de ser um pouco mais pesado que o irmão menor, isso não reflete de maneira gritante no desempenho. Quando parado, para colocá-lo em movimento, o arranque inicial é lento, mas desenvolve velocidade de maneira fácil, sem ter que exigir demais do acelerador.

A calibração da direção eletroassistida, assim como os ajustes do conjunto de suspensões (dianteira independente, McPherson e traseira eixo de torção) estão bem acertados, tanto para o uso na cidade, quando a necessidade é o conforto por causa das imperfeições do asfalto, como na rodovia, onde a exigência é a estabilidade.

E os ajustes para acomodar mais duas pessoas também não interferiram no consumo. Nos testes realizados pela CARRO, o 5008 abastecido com gasolina fez 9,2 km/l na cidade e 14,3 km/l na rodovia com média de PECO 11,5 km/l. A diferença para o 3008 é quase que imperceptível, pois ele só é mais econômico na estrada (14,9 km/l). Na cidade o SUV menor consome igual ao maior (9,2 km/l) e a média PECO é de 11,7 km/l.

Conclusão

Por Edison Ragassi

A engenharia da Peugeot realizou um excelente trabalho, manteve no 5008 o desempenho, a tecnologia, as qualidades de acabamento, conforto, dirigibilidade, segurança e praticamente o mesmo consumo de combustível do 3008, apesar de aumentar o peso do carro. Só não espere muito da última fileira de bancos. Para o conforto dos ocupantes, o ideal é utilizá-los para pessoas de baixa estatura.

*Texto publicado originalmente na edição 294 (abril/2018) da Revista CARRO

> Confira a tabela completa com os números de teste em pista:

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