Infraestrutura de carregamento é entrave para carros elétricos no Brasil, afirma Siemens

Apesar do potencial de geração de energia renovável, infraestrutura é obstáculo para o crescimento da eletrificação no país 

 

A Siemens Smart Infrastructure, uma das empresas focadas no plano de eletrificar a frota brasileira, realizou uma avaliação do atual momento do país em relação ao processo de transformação energética dos veículos no Brasil. Segundo dados do Ministério de Minas e Energia divulgados em setembro/2022, 86% da energia elétrica consumida no país foi obtida através de meios renováveis, número bastante superior à média global, que fica em torno dos 28%, segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). 

Apesar do grande potencial energético e do aumento nas vendas de veículos elétricos ou híbridos, a eletrificação da frota brasileira encontra alguns obstáculos para seu crescimento. Um dos grandes entraves para isso é a infraestrutura oferecida para carregamento dos veículos, que apesar de já estar presente em alguns grandes centros urbanos, ainda é deficitária na maior parte do país.  

Para o responsável pela área de Mobilidade Elétrica da Siemens Smart Infrastructure, Paulo Antunes, a eletrificação é uma discussão que estará cada vez mais presente no dia a dia da sociedade. Não há mais como negar que o conceito de cidade inteligente está diretamente ligado ao impacto que o transporte causa na vida das pessoas. E neste momento as discussões avançam para a relevância do transporte elétrico compartilhado, o tempo e local de carregamento e a infraestrutura necessária para isso acontecer”, diz Paulo. 

Segundo a Siemens, com a evolução desse mercado, surge a necessidade da criação de uma rede de carregamento para carros, ônibus e caminhões elétricos, condição indispensável para manter o crescimento do segmento no país. Para a empresa, seja para qual for a aplicação, a infraestrutura precisa atender essa nova demanda do mercado de forma ágil e simplificada, oferecendo uma experiência para os consumidores parecida com o abastecimento tradicional. 

Uma das alternativas apontada pela Siemens para espalhar essa infraestrutura pelo país é um modelo de negócio que a companhia está implantando junto à Brasol, organização especializada em fornecer energia para outras empresas.  

Trata-se de um serviço customizado de carregamento para veículos elétricos e geração de energia solar limpa na modalidade “Changing as a service” (CaaS). Com ele, o cliente do setor industrial ou comercial não precisa comprar e gerenciar os equipamentos da Siemens, que ficam sob responsabilidade da Brasol. 

 

Texto: Daniel Palermo
Foto: divulgação/Siemens

 

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