Em 2010, a carga tributária sobre o valor de um carro mil era de 24,4%

 

A Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) apresentou um balanço do mercado brasileiro entre 2010 e 2019. Dentre os dados divulgados, um que chama a atenção é o percentual de impostos no valor de um carro 1.0. Se no começo da década era de 24,4%, fechou o ano passado em 27,1%.

Em termos percentuais, a alta de 2,7% foi a maior dentre as categorias tributárias do mercado brasileiro. Também na comparação com o primeiro trimestre de 2010, o peso dos impostos sobre o preço dos comerciais leves foi a 27,3%, alta de 2,6%, enquanto nos modelos flex com motores até 2.0 subiu 2,1% e foi a 29,2%. Somente nos modelos a gasolina com motores até 2.0 que o percentual se manteve estável, em 30,4%.

Menos carros 1.0 nas ruas

Embora não seja possível fazer uma relação direta entre a carga tributária e a preferência do consumidor, no mesmo período, caiu a participação dos veículos 1.0 no total de vendas. Se eles eram 47% em 2010, em 2019 esse percentual caiu para 39%. Enquanto os modelos com motores até 2.0 foram de 48% para 59% do total.

Apesar da queda de 13% em relação ao início da década de 2010, os hatches ainda são os modelos preferidos do mercado, com 40% do total de veículo comercializados no ano passado. Por outro lado, os SUVs, que correspondiam a apenas 7% das unidades emplacadas em 2010, fecharam o ano passado com uma participação de 22%, superando os sedãs (21%) e as picapes (13%).

Outra mudança de tendência que vale destacar é a preferência pelos carros brancos. De apenas 12% em 2010, passou a 43% do total vendido em 2019, dividindo com o trio preto, prata e cinza (47%) a preferência do consumidor.

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