Atualizada às 16h04 de 22/12/2016
Atração no Salão do Automóvel de São Paulo, em novembro, o Hyundai Creta tem chegada prevista às concessionárias na segunda quinzena de janeiro, mas a pré-venda já começou. De acordo com os executivos da fabricante, o modelo deverá ser mais procurado inicialmente na configuração Prestige 2.0, a mais sofiticada da gama (que contará ainda com o 1.6 com câmbio manual ou automático de 6 marchas). E essa foi a versão escolhida para o nosso primeiro contato.
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Visualmente, o Hyundai Creta é discreto, por mais que seja novidade. A dianteira, com a grade hexagonas de dimensões generosas chama a atenção, mas segue o padrão estético dos demais modelos da marca. Os faróis monoparábola são acompanhados por luzes diurnas de LED, mas apenas nessa configuração mais cara, seguindo a estratégia de vendas usada no HB20). Faróis de neblina e rodas de liga leve de 17″ também são opcionais. O modelo pode ser definido como conservador, já que não apresenta nenhuma grande ousadia visual, mas isso não deverá atrapalhar a trajetória do modelo no mercado brasileiro.
O mesmo vale para o seu interior. Comandos, instrumentos e telas estão corretamente distribuídos dentro da cabine do SUV compacto, sempre de modo discreto. A central multimídia blueNav com tela tátil de 7″ (compatível com sistemas Apple Carplay e Android Auto) é prática e fácil de ser manuseada, mas está disponível apenas na versão mais cara do modelo, assim como o computador de bordo que permite controladr funções do veículo por meio de teclas no volante e a câmera de ré dinâmica (exibe guias que acompanham o movimento da direção, facilitando as manobras).
O espaço é bem dimensionado para quatro ocupantes e atrás, o encosto do banco é mais inclinado que o comum, estratégia para evitar que a cabeça encoste no teto. O Creta usa a base do sedã Elantra e tem boas dimensões: 4.270 mm de comprimento, 1.780 mm de largura, 1.635 de altura e 2.590 mm de entre-eixos.
Em movimento, o novo SUV da Hyundai exibiu comportamento correto. O motor 4-cilindros 2.0 de 166 cv e 20,5 mkgf (com etanol), acoplado à caixa automática de seis marchas proporciona agilidade na medida certa, especialmente no trânsito urbano. Como o Creta não pretende ser nenhum esportivo, o desempenho não merece críticas. Vale lembrar que, caso o motorista deseje um pouco mais de “emoção”, pode optar pelas trocas manuais do câmbio, que permite esticar as marchas e explorar melhor o desempenho.
Custando R$ 99.490, o Creta Prestige 2.0 exibe qualidades para agradar aos consumidores desse segmento, já que aposta em uma boa relação custo-benefício (na comparação com os principais rivais, como Jeep Renegade, Honda HR-V e Nissan Kicks). E, assim como os rivais peca ao limitar os recursos de conectividade à versão mais cara e por não oferecer itens de condução semi-autônoma (assistente de manobras ou controle de cruzeiro adaptativo) nem mesmo como opcionais. Mesmo assim, a meta da Hyundai com o Creta é ambiciosa: estar entre os três modelo mais vendidos do segmento em breve. E quer saber? Não será difícil para ela atingir esse objetivo.