Sedã foi lançado no Brasil em 2011 e, atualmente, é vendido por R$ 232,3 mil em versão única GLI 350 com motor de 231 cv
Foto: Volkswagen/Divulgação
Texto: Murilo Santos
A sexta geração do Volkswagen Jetta foi lançada no Brasil em 2011 já como modelo 2012, apresentando um pacote bastante competitivo na categoria de sedãs médios com o motor TSI, em sua versão highline. Com preço de lançamento de R$ 89.520, essa versão era movida por um motor 2.0 turboalimentado de 200 cv, garantindo um desempenho acima da média para a categoria.
Já para o ano-modelo 2013, a Volkswagen apresentou uma reestilização do Jetta, que passa a contar com 211 cv na versão highline, além de mudanças estéticas pontuais. De série, a versão highline já é bastante completa, contando com ar-condicionado automático de dupla zona, controles de tração e estabilidade, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, seis airbags, entre outros. Opcional a partir do ano-modelo 2013 está o pacote premium, que acrescenta uma série de equipamentos como faróis bi xenônio com DRL em LED, banco do motorista com ajustes elétricos, controle automático de velocidade, chave presencial, entre outros.
Foto: Volkswagen/Divulgação
A partir do modelo 2015, o Jetta ganha novo volante e painel, e adição de equipamentos. No mercado até o ano de 2018, o Jetta TSI apresenta um excelente custo-benefício para quem busca conforto, um bom nível de equipamentos e um ótimo desempenho, entretanto é preciso atenção para o custo de manutenção e se elas foram feitas de maneira adequada e com peças de qualidade.
Foto: Volkswagen/Divulgação
Motor
O motor que equipa o VW Jetta TSI é o conhecido EA888, motor desenvolvido pela Audi lançado mundialmente no ano de 2008. É um motor moderno até para os padrões atuais, dotado de turbocompressor e injeção direta, contando ainda com variação no tempo de abertura das válvulas de admissão, cabeçote em alumínio, coletor de admissão de fluxo variável e outras tecnologias, com sincronismo feito por corrente. Até o ano de 2013, esse motor desenvolvia 200 cv e 28,5 kgfm, passando a contar com 211 cv e 28,6 kgfm, graças a componentes revistos e novo turbocompressor.
Foto: Volkswagen/Divulgação
No consumo de gasolina (o modelo não é flex), a versão de 200 cv é homologada para 8,9 km/L na cidade e 12,1 km/L na estrada, enquanto a versão de 211 cv é um pouco mais econômica, com médias de 9,4 km/L na cidade e 12,5 km/L na estrada.
Recalls
Esses são os principais recalls do VW Jetta, sendo necessário checar o chassi para verificar a necessidade do eventual reparo:
Cabeçote do motor: pode ocorrer o vazamento de combustível na galeria de distribuição de combustível no cabeçote do motor. Ano-modelo afetado: 2016.
Foto: Volkswagen/Divulgação
Eixo comando de válvulas do motor: possibilidade de quebra do eixo, que aciona a bomba de vácuo, o que pode levar ao aumento súbito do esforço no pedal de freio. Ano-modelo afetados: 2015 e 2016.
Espiral de contato do airbag do motorista: pode haver a não deflagração do airbag em caso de colisão devido a entrada de impurezas no contato. Ano-modelo afetados: 2011 a 2014.
Foto: Volkswagen/Divulgação
Problemas recorrentes
Ao se adquirir um Jetta TSI usado, é necessário atentar-se para alguns problemas recorrentes que podem ter um custo elevado de reparo:
Bomba d’água: componente apresenta desgaste prematuro, normalmente entre 50 e 80 mil km de acordo com o uso do carro, e custa na faixa de 750 a 1800 reais para peças paralelas e originais, respectivamente.
Foto: Volkswagen/Divulgação
Bobina de ignição: as bobinas com corpo plástico costumam apresentar defeitos precocemente, sendo sua substituição na faixa de 250 a 500 reais por bobina, a depender do modelo.
Fluido do DSG: em carros que não efetuaram a substituição do fluido do câmbio DSG, preconizado pela fabricante em 60 mil km ou três anos, pode haver problemas como trancos, patinação e ruídos devido a contaminação do fluído, e o custo de reparo da transmissão é elevado em alguns casos.
Carbonização de válvulas de admissão: devido a injeção direta, é comum a formação de depósitos carboníferos na base da válvula, que pode causar pré-ignição caso seja aspirado para dentro do cilindro. É necessário a verificação e limpeza em torno de 30 a 40 mil km em média.
Foto: Volkswagen/Divulgação
Veículos reprogramados: veículos que tiveram a central eletrônica reprogramada para desenvolver mais potência e torque apresentam um desgaste mais elevado em todo o conjunto, especialmente no turbocompressor, que para sua substituição requer um gasto considerável.
Pontos positivos e negativos
O Jetta apresenta um ótimo custo-benefício para quem busca um sedã médio bastante equipado, com um ótimo desempenho, conforto, e que se estiver com as manutenções em dia não costuma apresentar grandes problemas. Seu desempenho é o principal atrativo, cumprindo o 0 a 100 em 7,3 s com velocidade máxima de 238 km/h na versão de 200 cv e 7,2 s e 241 km/h de 0 a 100 e velocidade máxima, respectivamente, na versão de 211 cv. Outro atrativo é seu preço de aquisição acessível em relação ao que ele oferece, considerando os principais concorrentes.
Foto: Volkswagen/Divulgação
Entretanto, um dos pontos negativos do Jetta TSI é sua manutenção, mais cara e complexa que os concorrentes com motores aspirados. Além disso, é necessário mão de obra especializada em caso de intervenção mais profunda.
Foto: Volkswagen/Divulgação
Por fim, o VW Jetta TSI é indicado para quem busca um carro com ótimo desempenho, bem equipado e que está disposto a gastar um pouco mais com a manutenção para usufruir desse bom sedã médio.