A Toro Freedom 2.0 4×4 será a versão com menor participação nas vendas do modelo. Segundo a Fiat, ela responderá a 12% do volume, ante os 40% estimados para a variante 1.8 Flex automática.

O foco da versão de R$ 101.900 (e da Freedom 2.0 4×2, de R$ 93.900) é ser uma opção para o consumidor que exige o 2.0 turbodiesel de 170 cv, mas não o câmbio automático.

No lugar do eficiente sistema de nove marchas feito sob licença da ZF, a Toro Freedom 2.0 adota a mesma caixa do Bravo T-Jet, apta a lidar com os 35,7 kgfm do motor. Tanta força exige também uma embreagem robusta, que se reflete em um pedal mais duro. Não chega a ser um exercício para as pernas, como no Subaru STI, mas exige mais força e cuidado ao motorista.

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O pacote de equipamentos é igual à versão Flex, com trio e direção elétrica, ar-condicionado manual e ESC de série, além do sistema de tração integral. Em nossa avaliação a Toro 2.0 manual repetiu o comportamento da topo de linha Volcano, com uma ótima calibração de suspensão e força de sobra acima dos 1.700 rpm. O problema é abaixo disso.
Nas rotações iniciais a entrega de torque do 2.0 Multijet é quase inexistente. É preciso acelerar para que a picape ganhe fôlego. Em velocidades constantes e retomadas isso não atrapalha em nada, mas na cidade incomoda bastante.

Seja em uma saída de semáforo ou durante uma manobra (que será difícil, já que são 12,9 m de diâmetro de giro, mais do que uma S10), você tem duas opções: ou tenta sair de maneira suave, sob risco de deixar o carro morrer, ou acelera mais antes de desacoplar totalmente a embreagem, o que pode acelerar o desgaste do sistema.

Soma-se a isso a qualidade apenas mediana dos engates do câmbio, que na unidade avaliada apresentou ruídos. O alento fica na referência, pois, diante das picapes médias diesel manuais, a Toro Freedom 2.0 tem uma das melhores caixas do segmento, aquém somente da Amarok.

Essa versão perde parte dos atributos da Toro, mas mantém os mais importantes. Além do conforto para quatro adultos acima da média, seu preço a posiciona (bem) abaixo das rivais maiores. Se você não precisa de uma caçamba volumosa e quer entrar no mundo do diesel, a Toro Freedom 2.0 4×4 pode valer a pena.