Hatch subcompacto reestreia com autonomia de 320 km para concorrer com Renault Zoe e Chevrolet Bolt
O Fiat 500 retorna ao Brasil em nova geração, com propulsão 100% elétrica. O hatch subcompacto estreia em versão única, Icon, por R$ 239.990. A pré-venda terá início nesta terça-feira (3), no site 500e.fiat.com.br, com lote inicial de 120 unidades previstas até o fim de 2021. A fase de reservas do Fiat 500 elétrico seguirá até 10 de setembro.
O novo Fiat 500e é construído na plataforma Mini BEV (sigla para veículo elétrico movido a bateria). Em relação ao modelo da geração anterior, o Fiat 500 elétrico é 22 mm maior no comprimento (3.632 mm ao todo), 56 mm maior na largura (1.683 mm), 29 mm maior na altura (1.530 mm) e 22 mm maior na distância entre eixos (2.322 mm).
O estilo do modelo, como na segunda geração, remete ao primeiro 500, de 1957. As proporções do 500 anterior foram mantidas, com evoluções no desenho de faróis e lanternas (em LED), maçanetas embutidas e a troca do emblema da Fiat na “grade” e volante pelo nome do veículo.
Do lado de dentro, o Fiat 500 elétrico traz painel com linhas horizontais e faixa central pintada na mesma cor da carroceria. A central multimídia traz tela widescreen tátil de 10,25” e espelhamento sem fio de Android Auto e Apple CarPlay. O volante de dois raios possui revestimento de couro em 2 cores. O quadro de instrumentos é digital, com tela de 7”.
De série, o Fiat 500 Icon traz ainda teto solar panorâmico, carregador de celular por indução, bancos em couro sintético, faróis full LED, detector de fadiga do motorista, reconhecimento de placas de trânsito, controle de cruzeiro adaptativo e assistente de permanência em faixa de rodagem. A lista compreende ainda sistema de estacionamento automático, câmera de ré, seis airbags, chave presencial, farol alto automático, frenagem autônoma com detecção de pedestre e sensor de chuva.
Motor elétrico e autonomia
Na mecânica, o Fiat 500e traz motor 100% elétrico, dianteiro, com 118 cv (87 kW) de potência e 22,4 kgfm de torque. Segundo dados de fábrica, o subcompacto é capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 9 segundos e fazer retomadas de 60 a 100 km/h em 4,8 segundos. A velocidade máxima é limitada a 150 km/h.
A bateria de íons de lítio possui 42 kWh de capacidade de armazenamento. A autonomia homologada é de 320 km. Porém, a Fiat diz que é possível chegar a até 460 km de alcance em condições reais e otimizadas de uso (com velocidade média de 60 km/h e temperatura ambiente de 25 ºC). O Fiat 500 elétrico possui três modos de condução: Normal, Range (que aumenta o efeito de regeneração) e Sherpa (o mais eficiente).
O Fiat 500e Icon virá de fábrica com carregador de bordo bivolt compatível com o padrão brasileiro de plugues e tomadas, semelhante ao do Mini Cooper S E (que é somente 220V). Em tomadas de 110V, a recarga completa pode levar até 24 horas. Para reduzir esse tempo, a marca irá comercializar à parte dois wallbox: de 7,4 kW (para recarga em 6 horas) e de 11 kW (recarga em 4 horas). Também é possível fazer a recarga da bateria em postos públicos de até 85 kW – neste caso, é possível chegar a 80% da carga em apenas 35 minutos.
Nas contas da Fiat, o consumo de energia do 500 elétrico seria equivalente a um modelo a combustão que fizesse 62 km/l de gasolina. Para recarregar a bateria por completo do subcompacto elétrico, o custo médio pode chegar a R$ 35,00 (de acordo com bandeira tarifária de energia).
A garantia do carro é de 3 anos e, para a bateria de tração, são 8 anos de proteção ou 160 mil km. O Fiat 500e Icon é vendido nas cores Bianco Ghiaccio (branco), Grigio Minerale (cinza fosco), Nero Onice (preto) e Verde Oceano. Os principais oponentes do Fiat 500 elétrico, segundo a Fiat, serão o Renault Zoe e-Tech e o Chevrolet Bolt. A aposta da Fiat, entretanto, é conquistar parte dos ex-donos do 500 a combustão, que teve mais de 40 mil unidades vendidas no Brasil no passado.
Inicialmente, o Fiat 500 terá vendas e assistência técnica restrita a apenas 10 concessionárias no Brasil, sendo duas em São Paulo e as demais em Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Campinas (SP), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF) e Recife (PE).
Fotos: Divulgação