Medida visa proteger indústria europeia, diz parlamento, que investiga possíveis subsídios do governo chinês a fabricantes

 

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Texto: Marcos Camargo

A partir deste mês de junho os países da União Europeia irão cobrar 20% de imposto adicional sobre os carros elétricos chineses nos países que compõem o bloco econômico. A elevação deve resultar em cerca de US$ 3,8 bilhões, quase R$ 20bilhões até o final deste ano. O estudo da Kiel na Europa, que é um instituto renomado em tributação e projeções econômicas mostra que até 125 mil veículos podem deixar de ser vendidos no continente europeu.

A comissão da União Europeia está investigando se o governo chinês está de alguma forma oferecendo subsídios para as fabricantes venderem carros baratos no continente. Por isso a União Europeia anunciou uma sobretaxa de 20% válida a partir desse mês de junho o que deverá levar a uma alta de preços para o consumidor.

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Foto: Volvo/Divulgação

Imposto também para gasolina e diesel

Da mesma forma em que taxa elétricos a União Europeia também iniciou um novo ciclo de alta de impostos para veículos equipados com motor a combustão de seis ou oito cilindros.

“Para os consumidores essa elevação irá resultar em preços mais altos na União Europeia que já tem custos mais altos de produção por conta da energia, preços de materiais e além de tudo altos custos trabalhistas”, diz a pesquisadora Julian Hinz. O Instituto Kiel aponta que uma das soluções para os fabricantes “é fazer como a BYD que anunciou uma planta no continente para atender a demanda local”, disse.

A BYD anunciou recentemente que além da Hungria estuda fazer uma segunda fábrica na Europa para fazer sobretudo carros compactos como o Seagull, conhecido aqui no Brasil como Dolphin Mini. A Volvo também deve começar a fazer carros das linhas EX30 e EX90 na Bélgica uma vez que os veículos inicialmente eram importados da China.

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