Trânsito

Setor ficou perto da estabilidade comparado a junho e teve queda de 0,6% em relação a julho de 2021

 

De acordo com dados da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), os emplacamentos de veículos em julho registraram retração de 2,6% em todos os segmentos somados se comparados ao mês anterior, e queda de 0,6%, em relação a julho de 2021. No acumulado dos sete primeiros meses do ano, o setor apresentou resultado próximo à estabilidade quando comparado ao mesmo período de 2021, com baixa de 2,7%.

“Os segmentos tiveram comportamentos distintos em julho. Alguns registraram números melhores do que os de junho, com destaque para automóveis, comerciais leves e caminhões. Enquanto outros, como ônibus e motocicletas apontaram retração. A queda pode ser explicada por um conjunto de fatores, como a menor oferta no segmento de duas rodas, por conta de problemas na produção e pela maior restrição e aumento do custo de crédito, já que a inadimplência nos financiamentos de veículos está em 4,5%, de acordo com os dados divulgados, pelo BACEN, referentes a abril/2022”, analisa o Presidente da Fenabrave, Andreta Jr.

Com a nova redução do IPI para automóveis, que passou de 18,5% – desde 25 de fevereiro, para 24,75% – a partir de 1 de agosto, anunciada pelo Governo, a entidade espera que os volumes de emplacamentos cresçam ainda mais para encerrar o ano dentro das expectativas da Fenabrave, que aponta um resultado equivalente ao obtido em 2021 ou, na melhor das hipóteses, o crescimento de mais de 4% para autos e leves, totalizando mais de 2.060.000 unidades.

Automóveis e Comerciais leves

Com fechamento positivo sobre junho, os segmentos mantêm a recuperação gradativa em relação aos volumes emplacados em julho. Para o presidente da Fenabrave, é um bom resultado se considerar o custo e a seletividade do crédito agora. Além disso, pela primeira vez no ano, os emplacamentos de autos e leves estiveram acima do registrado no mesmo mês de 2021.  

Automóveis e Comerciais Leves Eletrificados

Em julho deste ano, os emplacamentos de autos e leves eletrificados somaram 3.136 unidades, volume inferior aos registrados em junho de 2022 com 4.072 unidades e julho de 2021, com 3.624 emplacamentos. “Como se trata de um mercado ainda em amadurecimento, essas oscilações são esperadas. Além disso, o volume de julho não ficou muito distante da média mensal do ano (3,3 mil unidades, das quais, 84% são modelos híbridos, à combustão)”, explica Andreta Jr.

Caminhões

Segundo o Presidente da Fenabrave, a alta registrada nos emplacamentos de caminhões aconteceu em virtude da maior oferta de produtos, por parte da indústria, que ainda enfrenta problemas pontuais de abastecimento de peças e componentes. “A demanda se mantém estável e, em julho, muitas unidades que estavam à espera de componentes foram finalizadas e entregues aos compradores. Hoje, o segmento está com espera entre 30 e 60 dias, dependendo do modelo”.

Ônibus

Com média mensal inferior a duas mil unidades, o segmento se mantém próximo ao desempenho de 2021, já que houve uma retração maior em julho, mas é uma variação que tem sido natural neste segmento, uma vez que, dada a base baixa, pequenas altas ou reduções, em unidades emplacadas, podem provocar grandes variações percentuais.

Implementos Rodoviários

O desempenho deste segmento está diretamente relacionado ao mercado de caminhões e, com a maior disponibilidade destes, em julho, os emplacamentos de implementos também foram impulsionados. “Conforme os transportadores recebem caminhões, já encaminham as compras dos implementos. São dois segmentos interdependentes”, afirma o Presidente da Fenabrave.

Motocicletas

Ainda com deficiência na disponibilidade de produtos, por conta da crise de abastecimento global, o segmento teve a maior retração de todo o setor, em julho, mas, segundo o Presidente da Fenabrave, a demanda se mantém aquecida e não houve mudança de cenário. A procura por motocicletas continua alta, mas é importante destacar que o crédito permanece como um fator de preocupação para o segmento.

Motocicletas Eletrificadas

Em julho, foram emplacadas 524 motocicletas eletrificadas e a soma do ano já chega em 4.119 unidades. No acumulado do ano, o crescimento supera 470% na comparação com os primeiros sete meses de 2021. 

Tratores e Máquinas Agrícolas

O mercado de veículos agrícolas continua aquecido, registrando alta de mais de 30%, no fechamento do 1º semestre. “A tendência é de crescimento, já que as perspectivas, para o agronegócio, neste ano, são ótimas. O resultado de junho foi alavancado pela liberação de recursos remanescentes, da safra 2021/2022”, concluiu Andreta Jr.

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