Versão de sete lugares do SUV da Jeep mantém espaço interno e equipamentos da linha anterior, enquanto motor 2.2 turbodiesel aumenta potência, torque e eficiência

A cada dia que passa, o mercado brasileiro fica mais eletrificado, sendo que, neste ano, mais de 500 mil veículos com sistemas elétricos foram vendidos por aqui. Todavia, há quem ainda prefira esperar mais tempo para migrar para os modelos do “futuro”. Em vista disso, há diversas opções, sejam veículos compactos ou de luxo com sete lugares, como o Jeep Commander Overland 2025, que ficou mais potente com o motor 2.2 litros turbodiesel de 200 cv e preço de R$ 308,4 mil, competitivo tanto contra os veículos eletrificados chineses quanto contra os principais rivais a diesel.

Design e equipamentos

O Jeep Commander Overland 2025 mantém o mesmo design da linha anterior, com mudanças restritas às rodas aro 19 na cor grafite, com pneus Pirelli Scorpion. A versão de sete lugares oferece teto solar, bancos de couro, painel digital de 10,2 polegadas e sistema multimídia de 10 polegadas com espelhamento sem fio e navegação offline, além de câmera de ré, que traz boa resolução, só que está distante dos chineses no quesito imagem. O porta-malas tem capacidade de 661 litros com todos os assentos em uso e pode ser expandido com o rebatimento da terceira fileira. A abertura e o fechamento do porta-malas são elétricos. Entre os equipamentos de série, destacam-se carregador por indução, ar digital dual zone e pacote ADAS nível 2, com alerta de ponto cego, manutenção de distância do veículo à frente e frenagem automática.

Vale lembrar que o interior não sofreu alterações em relação à linha anterior. Inclusive, o painel digital e a multimídia permitem a personalização das informações exibidas. O veículo conta com espelhamento sem fio, Bluetooth, rádio e comandos integrados. O freio de estacionamento é eletrônico e os retrovisores possuem função fotocrômica. O Commander mantém acabamento com materiais combinados, incluindo couro e soft touch, além de detalhes cromados definidos como Setting Chrome pela fabricante.

Plataforma, medidas e dirigibilidade

O Jeep Commander Overland é construído sobre a plataforma Small Wide, que também é usada pela Compass, mas com dimensões maiores e capacidade para sete ocupantes. O câmbio é automático de nove marchas e a tração integral mantém o desempenho em pisos irregulares. Durante o teste da Revista Carro, ao longo de uma semana, o veículo apresentou respostas mais lineares do acelerador, com comportamento consistente em baixa rotação e redução do nível de ruído em comparação à versão anterior. A suspensão dianteira é McPherson e a traseira multi-link, proporcionando equilíbrio entre controle e conforto. Neste caso, em comparação com os veículos chineses, o SUV é mais firme como o brasileiro está acostumado.

Além disso, com sete lugares, o Commander oferece flexibilidade de uso do espaço interno, permitindo expansão do porta-malas com o rebatimento dos assentos da terceira fileira. O acesso aos bancos traseiros é facilitado pela abertura ampla das portas, e todos os itens de conforto e tecnologia permanecem de série na versão diesel Overland.

O modelo mede 4,76 metros de comprimento, 1,72 metro de altura, 1,85 metro de largura e 2,79 metros de entre-eixos. Ainda tem 213 mm de altura mínima do solo, ângulo de entrada de 26,4 graus e de 24,4 graus de saída. O porta-malas tem capacidade de 233 litros com sete bancos em posição normal, 661 litros em posição normal para cinco ocupantes e 1.760 litros com todos os bancos traseiros rebatidos. O tanque de combustível é de 61 litros.

Motor 2.2 turbodiesel e desempenho

O motor 2.2 turbodiesel substitui o antigo 2.0 Multijet. Com isso, o Commander passa a ter 200 cavalos e 45 kgfm de torque, e não mais 170 cv e 35,7 kgfm de torque do motor anterior. A aceleração de zero a 100 km/h ocorre em 9,7 segundos, enquanto a velocidade máxima ultrapassa 200 km/h, ante 185 km/h da versão anterior. A unidade foi recalibrada para atender ao Proconve L8, com alterações na admissão, escapamento e turbina para reduzir consumo e aumentar eficiência. O consumo médio durante a avaliação foi de até 13,5 km/l, e testes em condições de estrada indicam média próxima a 16 km/l em velocidades constantes de 100 km/h.

Mercado e concorrência

A motorização diesel está disponível apenas na versão Overland, que sai por R$ 308.490, substituindo motores anteriores de outros modelos Stellantis. O Commander compete com SUVs grandes como Chevrolet Trailblazer, que sai por R$ 411.660, e Toyota SW4, que custa R$ 419 mil, oferecendo combinação de torque elevado, desempenho em baixa rotação e pacote tecnológico voltado para famílias. A versão monobloco apresenta comportamento mais urbano em comparação a SUVs de estrutura em chassis, mantendo capacidade de rodagem em trechos fora de estrada.

Ademais, também há os rivais Caoa Chery Tiggo 8 Pro Plug-in Hybrid, que é negociado por R$ 269.990, e na versão somente a combustão custa R$ 194.990. Esse segmento também conta com o novato Haval H9, que custa R$ 329 mil, além do luxuoso Wey 07, esse híbrido que carrega até seis pessoas, custando R$ 429 mil, já fugindo um pouco da concorrência do Commander. Ainda há os chineses híbridos de cinco lugares Haval H6 PHEV34, que sai por R$ 288 mil, e BYD Song Plus vendido por R$ 249.990. Essas duas opções têm crescido no ranking de vendas brasileiro em 2025, roubando clientes não só do Compass, mas também do Commander, que não tem uma versão eletrificada.

Em resumo, o Jeep Commander Overland 2025 reúne espaço interno, tecnologia e desempenho ampliado com o motor 2.2 turbodiesel. As alterações estéticas são restritas às rodas, enquanto a estrutura, os equipamentos e a versatilidade do veículo permanecem como na linha anterior. O ganho em potência e torque proporciona aceleração mais rápida e maior eficiência de combustível, mantendo o modelo competitivo no segmento de SUVs grandes com sete lugares.

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