Próximos lançamentos da marca no Brasil também podem ser afetados
SAIC-GM / Reprodução
Com queda significativa nas vendas no mercado chinês, a joint venture SAIC-GM, que representa as marcas Chevrolet, Buick e Cadillac na China, pode acabar com a operação da Chevrolet no país. Segundo dados de emplacamentos, já é o sexto ano consecutivo de retração nas vendas de modelos da marca.
De acordo com dados do China EV DataTracker, em 2018 a Chevrolet vendeu mais de 640 mil unidades na China, número que caiu para 168.588 veículos em 2023. No ano passado, 2024, a marca teve queda de 68,7% nas vendas, com 52.774 unidades no ano. Já entre janeiro e abril desse ano foram vendidas apenas 5.314 unidades, nova queda de 75,9% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Em 2018, a média mensal de veículos vendidos pela Chevrolet na China era de 54.300 carros, enquanto atualmente essa média caiu para cerca de 1.300 veículos mensais, sendo 80% das vendas do sedã Monza. Com isso, de acordo com o portal chinês Zaker, diversos projetos da marca foram suspensos, incluindo um SUV elétrico, um utilitário de porte maior e uma nova geração do TrailBlazer.
Chevrolet Monza
Lu Xiao, gerente-geral da SAIC-GM, afirmou que “não abandonaremos a Chevrolet”.
Um dos principais fatores que pode explicar a constante queda no número de vendas da Chevrolet na China foi a pouca oferta de produtos eletrificados, preferidos pelo consumidor do país, além da concorrência de marcas locais.
No Brasil, a saída da Chevrolet do mercado chinês pode afetar os próximos produtos da marca, como no caso de Onix e Tracker, que foram desenvolvidos em conjunto entre a engenharia brasileira e a chinesa.