Lucas Di Grassi disse que as tecnologias utilizadas competição de veículos elétricos irão equipar os carros de rua no futuro

 

Texto: Vinicius D’Angio

A Fórmula E, campeonato mundial de veículos 100% elétricos, chega em São Paulo para a segunda edição do “São Paulo E-Prix” no Sambódromo do Anhembi. O campeonato conta com tecnologias de eletrificação totalmente avançadas, que devem chegar para os veículos de rua nos próximos anos como aponta Lucas Di Grassi, que foi o primeiro vencedor de uma prova do campeonato da Fórmula E e campeão da temporada de 2016/2017.

O piloto comentou como a tecnologia da categoria trabalha em conjunto com as novidades dos veículos elétricos e híbridos de rua já vendidos no mercado brasileiro. “A Fórmula E começou do zero, de uma maneira que fosse andando em paralelo com as montadoras, ao mesmo tempo que iam gerando uma competitividade na pista”, disse Di Grassi.

 

Uma dessas tecnologias avançadas que a Fórmula E tem estudado é o carregamento ultra rápido de 600 kW, que é muito mais eficiente que um carregador Wallbox convencional, permitindo carregamento de alta velocidade com segurança. “Teoricamente com essa quantidade de energia, em 6 minutos seria possível carregar um carro de rua com essa potência, o que acabaria com o problema da demora de carregamento e chegaria bem próximo do tempo de um abastecimento”, comentou o piloto.

Como todo veículo elétrico, os carros de competição também trazem o sistema de regeneração de energia, que também recarrega a bateria do carro com 600 kW. O sistema regenerativo consegue suprir uma freada na corrida sem o uso dos freios a disco, com o objetivo de otimizar o uso de energia na corrida e, também, a autonomia. O mesmo vale para os veículos de passeio, já que quanto mais regenerar a carga da bateria, melhor será a autonomia. E o avanço dessa tecnologia vem de dentro da Fórmula E, com algumas montadoras adotando nos veículos de rua, configurações de software e componentes baseadas nos carros de competição.

A refrigeração dos motores elétricos também é um ponto a ser estudado na competição devido ao avanço das tecnologias e da eficiência desses motores. “Os motores estão chegando em uma eficiência tão alta que estão discutindo se vai ser preciso ou não ter algum sistema de refrigeração no sistema.”, comentou Di Grassi. Nos carros elétricos já oferecidos no Brasil existem alguns sistemas de resfriamento, por exemplo, sistemas resfriados com liquido de arrefecimento ou até mesmo sistemas utilizando o gás refrigerante do ar-condicionado, como o BYD Dolphin Mini avaliado pela Revista O Mecânico em um Raio X.

São Paulo E-Prix da Formula E:

15/03 – Sexta Feira

16:25 as 17:15 – Treino Livre 1

16/03 – Sábado

07:25 as 08:15 – Treino Livre 2

14:03 as 15:30 – Corrida

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