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Caoa Chery Tiggo 2 evoluiu, mas ainda peca em pontos importantes

Com a aquisição da Chery no Brasil pelo Grupo Caoa, a expectativa de tornar a marca chinesa em uma ‘nova Hyundai’ é grande. Comercialmente falando, já vemos algumas ações para conquistar o público, chegada do Caoa Chery Tiggo 2. Essa estratégia visa angariar potenciais compradores de hatches que, pelo orçamento, não cogitariam a compra de um utilitário esportivo.

Indo nesta direção, o Tiggo 2 é bem resolvido. A dianteira exibe faróis recortados, grade cromada e para-choques com linha central elevada para realçar o aspecto de ‘altinho’ do modelo. Na traseira, as lanternas são pequenas, enquanto a placa fica no para-choque, com um grande aplique em plástico preto, que ajuda a disfarçar o tamanho da peça e eleva a altura da traseira. O acabamento interno é bom e, apesar da predominância de plásticos duros em diversas texturas, não apresenta falhas de montagem.

Ergonomia falha

A posição de dirigir é seu maior ponto de crítica. Apesar do banco oferecer regulagem de altura, minha cabeça toca o teto mesmo. Isso porque tenho 1,75 m de altura. Além disso, na posição mais baixa, tanto a manopla de câmbio quanto os comandos de acionamento do ar-condicionado poderiam ser melhor posicionados. No banco traseiro, o espaço é semelhante ao de um hatch médio.

Urbanoide

Com motor 1.5 16V de 110/115 cv e 13,8/14,9 kgfm (gasolina/etanol), o Tiggo 2 mostra bom fôlego na cidade e registrou média de consumo de 6,7 km/l. Mas, em rodovias, as retomadas são lentas e o consumo não é mais do que moderado: 9,9 km/l, ambos com etanol no tanque.

A vocação urbana também é realçada pelo acerto macio das suspensões que filtram bem as irregularidades do piso em baixas velocidades. No entanto, se mostram moles demais em rodovias.

Bem equipado

Como todo bom chinês, o Caoa CheryTiggo 2 é bem equipado e, na versão ACT, traz itens de série como ar-condicionado automático, vidros e travas elétricos nas quatro portas, freios a disco nas quatro rodas, sensor de estacionamento traseiro, luz de rodagem diurna em LED, engates Isofix para bancos infantis, sensor de monitoramento da pressão dos pneus, direção com assistência hidráulica, volante revestido em couro, com comandos do som e do controlador de velocidade, regulagem de altura do volante, computador de bordo, controles de estabilidade e tração, rodas de 16”, assistente de partida em rampa, teto solar com acionamento elétrico e a boa central multimídia com tela de 8”, que traz conectividade com sistemas Android Auto e Apple CarPlay. O único opcional da versão é o teto pintado em preto por R$ 1.500 adicionais.

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