Marca confirma fabricação nacional de mais três modelos inéditos em 2018, além do Tiggo 2 com câmbio automático
Com direito à presença da diretoria mundial da Chery e membros do conselho de Administração do Grupo Caoa, a joint-venture Caoa Chery realizou ontem, quarta-feira (28), o primeiro evento oficial da nova marca, com a apresentação do SUV Tiggo 2 – confira aqui nossas impressões ao dirigir o modelo. O discurso entre os executivos é de otimismo, com expectativa de crescimento do mercado brasileiro de veículos zero-quilômetro nos próximos anos e ampliação do market-share da empresa a partir do lançamento de novos produtos. Até o fim de 2018, a marca promete mais quatro novidades.
A primeira delas será a versão com câmbio automático do Tiggo 2, com chegada confirmada para o fim deste primeiro semestre. O modelo deverá usar o mesmo câmbio automático convencional de quatro marchas aplicado ao modelo feito na China – por aqui, o Tiggo 2 é fabricado na fábrica de Jacareí (SP). A informação foi confirmada pelo CEO da Caoa Chery, Marcio Alfonso. Um protótipo do modelo sem embreagem, inclusive, foi exibido no lançamento do Tiggo 2 com câmbio manual (foto abaixo).
“Esperamos comercializar aproximadamente 8.800 unidades do Tiggo 2 até o fim deste ano”, afirmou o executivo. Considerando a previsão, podemos estimar média mensal de 977 unidades – o rival JAC T40 emplacou, no acumulado do ano até fevereiro, 478 unidades.
Modelos inéditos, diferentes segmentos
Além do Tiggo 2 automático, a marca promete três modelos inéditos em diferentes segmentos. Apesar de a empresa não confirmar quais serão eles, o CEO da Caoa Chery confirmou que dois deles serão fabricados em Anápolis (GO) – planta do Grupo Caoa que também monta modelos da Hyundai – e um deles em Jacareí (SP), mesma unidade fabril do Tiggo 2.
Nossas apostas recaem sobre o sedã médio Arrizo 5 (mostrado no Salão de São Paulo de 2016) e os SUVs Tiggo 5 (compacto) e Tiggo 7 (médio). O três-volumes e o utilitário esportivo de maior porte, inclusive, já aparecem nos comerciais da Caoa Chery veiculados na TV aberta.
O Tiggo 5 deverá brigar na faixa acima do Tiggo 2, entre R$ 70 mil e R$ 90 mil, onde estão posicionados Nissan Kicks, Jeep Renegade e Hyundai Creta, entre outros. Já o médio Tiggo 7, topo da gama de SUVs da marca, tem porte similar ao de Jeep Compass e Peugeot 3008. O novo nacional deverá brigar na faixa entre R$ 100 mil e R$ 120 mil.
Ambos são oferecidos na China com duas opções de motor e câmbio: 1.5 turbo e automatizado de dupla embreagem e 2.0 aspirado e câmbio CVT. Resta saber qual será a escolha da Caoa Chery por aqui.
Além do investimento em novos produtos, a Caoa Chery espera ampliar seu market-share com maior presença no pós-venda. Hoje, são 25 pontos de venda da marca no Brasil – até o fim de 2018, serão inauguradas mais 30 lojas, em um total de 55 concessionárias.
A expectativa da marca é aumentar a participação atual de mercado, de tímidos 0,25%, para 0,6% até dezembro.”Com a soma da gama atual e dos novos produtos, nossa expectativa é comercializar 15 mil carros até o fim deste ano”, revelou Marcio Alfonso. Para 2019, se mantida a curva atual de crescimento do mercado, a estimativa é de 1,5% de market-share. No ano seguinte, 2020, 2%.
“O mercado de novos está voltando a crescer. Em 5 anos, queremos chegar a 5% de participação”, afirmou o presidente do Grupo Caoa, Mauro Luis Correia, referindo-se à Caoa Chery.