O Chery Tiggo passou por um facelift no segundo semestre do ano passado, mas a fabricante chinesa ainda estava devendo o câmbio automático no modelo. Agora, a versão com esse equipamento — que também pode operar no modo manual — está chegando às concessionárias e custa R$ 57.990, ou seja, R$ 5.000 a mais que o Tiggo com a transmissão convencional.

Para atrair o consumidor, a Chery vai martelar a ideia de que seu sport utility é o primeiro carro chinês automático oferecido no  Brasil. “Além disso, ele tem uma ótima relação custo-benefício porque vem completo. Se você equipar o EcoSport e o Duster com os itens já existentes no nosso modelo, eles ficarão muito mais caros”, afirma Maurício Buzetto, gerente de pós-vendas da Chery.

O câmbio automático é o trunfo do SUV que traz outras boas soluções, como câmbio automático — com comando no volante — e sistema antipatinação, para ser usado em pisos de baixa aderência. Para ativá-lo, basta apertar um botão ao lado do novo câmbio, desenvolvido em conjunto com a ACTECO, divisão de motores pertecente à Chery.   

Fabricado no Uruguai, o Tiggo tem motor 2.0 16V de 138 cv de potência a 5.750 rpm. A versão com câmbio automático pesa 1.400 kg, 25 kg a mais que a manual. Até parece que esse peso adicional acaba interferindo no desempenho do carro. No curto test-drive feito na cidade de Santana do Parnaíba (SP), o Tiggo não mostrou tanto fôlego nas subidas. O motor “esgoelou” um pouco antes de avançar as marchas.   

Com 4,39 m de comprimento, 1,76 m de largura, 170 m de altura e 2.510 m de entre-eixos, o SUV oferece bom espaço para cinco ocupantes. “Até o fim do ano, queremos vender 2.500 unidades”, revela Buzetto. Ele acredita que, por enquanto, o mix com o manual deverá ficar em 50% vs. 50%. “Com o tempo, creio que a proporção será de 70% para o automático e 30% para o manual”, afirma.