A agência de segurança viária dos Estados Unidos (IIHS, na sigla em inglês) divulgou nesta terça-feira (24) três testes inéditos com muscle cars icônicos para os americanos. O órgão colocou à prova as últimas gerações do Chevrolet Camaro, Ford Mustang e Dodge Challenger em cinco testes: duas colisões frontais , uma lateral, resistência do teto e efeito “chicote” do pescoço e bancos (estes dois últimos correspondem a um teste só). O resultado? Nenhum dos três tirou nota máxima em segurança.
Os esportivos americanos, diferentemente do que ocorre no Brasil quando são convertidos em Reais mais impostos, são carros acessíveis nos EUA. A gama do Mustang, por exemplo, começa em US$ 24.145. Considerando o salário mínimo dos americanos de US$ 1.160, para adquirir o Pony Car da marca oval são necessários pouco mais de 20 deles por lá (aqui, 69 salários mínimos conseguem comprar um Fiat Palio Fire). Portanto, a preocupação com a segurança para um carro que pode instigar um lado mais emocional (irresponsável) do motorista é ainda mais importante.
Os três carros foram testados em suas versões com motor V8. O Dodge Challenger foi o pior deles. As notas variam de pobre (Poor), marginal, aceitável (acceptable) e bom (good).
De acordo com o Adrian Lund, presidente do IIHS que aparece no vídeo abaixo, o modelo recebeu nota apenas “marginal” para a segurança da célula de sobrevivência. O maior dano causado ao motorista simulado pelo dummie foi às pernas, pois a roda do Challenger acabou entrando na área das pernas da cabine com o impacto frontal, o que certamente poderia causar até ferimentos fatais ao condutor. Nos outros testes, o modelo recebeu notas aceitáveis para a resistência do teto e bancos.
Já o Mustang e o Camaro só não tiraram nota máxima por conta de duas avaliações aceitáveis em colisão frontal, no caso do Ford, e resistência do teto, no do Chevrolet. Nas outras provas, ambos tiraram quatro notas boas.
Veja no vídeo abaixo o desempenho dos muscle car nos crash tests do IIHS: