Ele tem preço e impressiona como um superesportivo, mas não é um. Apesar de toda a tecnologia de ponta do BMW i8, são “apenas” 362 cv de potência, frutos de um sistema híbrido comandado por um singelo motor 1.5 turbinado de três cilindros. Mesmo assim, custando R$ 799.950, o visual de nave espacial e a garantia de não passar despercebido por onde quer que seja cativaram 11 compradores no Brasil.
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Este é o número de emplacamentos do i8 divulgado pela BMW até o final de maio. A maioria dos compradores é discreta, mas é possível encontrar quem exiba o peculiar modelo. O cantor sertanejo Eduardo Costa, de Goiás, mantém praticamente um book do seu “presente” (não diz de quem) em sua conta oficial no Instagram. (A assessoria de Costa não respondeu ao pedido de entrevista feito pela CARRO ONLINE.)
O i8 é o primeiro esportivo da BMW pioneiro em praticamente tudo o que oferece. A estrutura é toda feita de plástico reforçado com fibra de carbono, alumínio e termoplástico (material utilizado em lugar do aço, com peso 50% menor). Além disso, é híbrido, conjugando motor elétrico e bateria de íon-lítio (131 cv de potência nas rodas da frente) e propulsor a combustão (231 cv restantes atrás).
Para não se limitar a deleitar apenas os olhos, outra peculiaridade do i8 é o som que produz no modo Sport de condução. Como “ronco” e eficiência energética não costumam andar juntos, exigir arrepios de um motor três-cilindros 1.5 é forçar demais. Mas o i8 cria artificialmente um barulho agradável através de alto-falantes internos e externos.
RIVAIS
Pelo preço do i8 existe grande variedade de opções no mercado, do sedã megaluxuoso Audi A8 6.3 de 500 cv (R$ 779.990) ao Porsche 911 Carrera 4S Cabriolet 3.8 de 385 cv (R$ 759.900), cujo ronco estrondoso aliás sai pelo escapamento de verdade.
Pensando nisso, como forma de agradecer compensar os clientes que compraram um i8 mesmo com a concorrência, a BMW oferece o programa iPure Impulse Card, um cartão que promete estreitar a relação com a marca por um período de três anos em que o cliente terá acesso a “inúmeras vantagens, experiências e privilégios” em hotéis, restaurantes, spas, museus e galerias de arte.
O BMW i8 não é um carro qualquer. Porém, mesmo com um preço praticamente proibitivo e em tempos de crise, mostra que uma visão “ecológica” para um esportivo também é capaz de atrair clientes nesse nicho em que cada unidade vendida faz muita diferença no plano estratégico da empresa.
REINANDO SOZINHO
Além do i8, a gama i da BMW no Brasil também conta com o hatchback i3. Vendido a R$ 225.950, o compacto é o único veículo puramente elétrico disponível no mercado.
Sem concorrentes diretos por aqui, não é exagerado dizer que ele reina no país, ainda que tenha sido entregue a somente 15 consumidores até o final de maio, segundo dados da Abeifa (entidade que representa as marcas importadoras).
A proposta do i3 é ainda mais ecológica que a do i8. O carro se move apenas por energia elétrica, mas a versão que a companhia trouxe para o Brasil se beneficia de um extensor de autonomia. Trata-se de um gerador à combustão que não traciona nenhuma das rodas, mas carrega a bateria e pode aumentar o alcance do carro de 200 km (somente à bateria) para 300 km.




uma delas e do meu visinho