Sejamos sinceros: a primeira geração do BMW X1 (lançada em 2009) estava longe de ser unanimidade entre os aficionados pela marca, por conta de seu visual inusitado. Mesmo assim, é preciso reconhecer que o modelo obteve sucesso onde foi oferecido.
Mas, com a nova geração – apresentada no Salão de Frankfurt de 2015 –, a BMW “corrigiu” o principal motivo das críticas e o modelo passou a ostentar um estilo com linhas bem mais agradáveis, embora siga como uma espécie de “station aventureira”.
Disponível desde março no país, o novo X1 também passou a ser produzido aqui, na fábrica de Araquari, SC, mas com um detalhe: apenas nas versões mais simples, dotadas de motor 2.0 turbo flex e tração dianteira.
Já a configuração topo de linha traz o mesmo 2.0 turbo, mas a gasolina e reprogramado para gerar 231 cv, além de contar com tração integral. Esta permanece importada e traz equipamentos de série adicionais, como rodas de liga leve de 19”, pacote de acabamento esportivo e sistema de áudio premium. O câmbio automático de oito marchas é comum a todas as versões.
FAMILIAR OU AVENTUREIRO?
Com 4,44 m de comprimento, 1,82 m de largura e 1,60 m de altura, o novo X1 ainda se assemelha a uma station “anabolizada” e, de acordo com a própria fabricante, é um SAV (Sports Activity Vehicle). Mas o importante é que, na prática, o modelo agrada pela dirigibilidade mais próxima de um automóvel de passeio do que de um utilitário.
Além disso, o X1 xDrive 25i Sport ainda apresentou desempenho empolgante na pista de testes. Para acelerar de 0 a 100 km/h, por exemplo, precisou de apenas 7s2. Nada mau para um veículo que pesa 1.615 kg.
O incômodo de rodar com esse X1 pelas ruas brasileiras é o “castigo” que pneus de perfil baixo acabam causando aos ocupantes, já que todas as imperfeições do piso são transmitidas para o interior do carro. Além disso, a ausência de uma simples câmera de ré em um automóvel que custa R$ 199.950 não faz sentido. Em compensação, há sensores dianteiros e traseiros, além de sistemas de economia de combustível. São pênaltis que o prazer ao dirigir proporcionado pelo modelo minimiza, mas não compensa.