A BMW fez no Salão de Frankfurt, na Alemanha, a estréia mundial de modelos inéditos ou renovados nas séries 1, 2, 3 e 7. Os sedãs Série 3 e 7 e o crossover X1 são os mais importantes para o Brasil, sendo que este último é o próximo a ser fabricado em Araquari (SC); já a minivan Série 2 Active Tourer ganhou variação elétrica.

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Incumbida de abrir as apresentações à imprensa desta edição do salão, na terça-feira (15), a BMW passou por um susto e gerou uma das imagens mais impressionantes da história do evento: o CEO Harald Krüger, estreante na função, passou mal no meio de seu discurso e foi ao chão, diante dos olhares estupefatos de centenas de jornalistas de todo o mundo. A apresentação terminou ali mesmo. Nesta quarta (16), um porta-voz da empresa disse que Krüger passa bem, sem explicar a causa do colapso (assista ao vídeo no final da reportagem). 

O "x" da questão: o BMW X1 não parecia um SUV; mas agora, ele é
O susto não fez jus ao vibrante pacote de produtos da marca bávara em Frankfurt. Começando pelo topo: o sedã de luxo Série 7 ganha uma nova geração que, se não empolga pelo visual conservador, atrai com muita tecnologia embarcada. O destaque é o sistema iDrive de conectividade motorista/carro, que inclui uma tela capaz de reconhecer gestos a distância (os passageiros traseiros dispõem de tela tátil e bancos com massagem).

Outros itens que procuram deixar o Série 7 competitivo contra o semiautônomo Mercedes-Benz Classe S incluem assistente de estacionamento por controle remoto, head-up display, aviso de tráfego em cruzamento, assistente de faixa e esterçamento, proteção ativa em colisão lateral e câmeras com visão 3D do entorno do sedã. A carroceria é construída em plástico reforçado com fibra de carbono.

Supertecnológico e de olho no Mercedes Classe S: é o BMW Série 7

O QUARENTÃO SÉRIE 3
Modelo mais importante da BMW, o sedã Série 3 chega aos 40 anos de vida com uma reestilização suave de sua sexta geração, oferecendo agora nada menos que 11 opções de motor ao consumidor europeu. São quatro a gasolina e sete a diesel.

Isso significa que a gama do três-volumes possui 11 nomes compostos por números e letras, a saber: 318i (1.5, 3-cilindros, gasolina), 320i (2.0, 4-cilindros, gasolina), 330i (2.0, 4-cilindros, gasolina), 340i (3.0, 6-cilindros, gasolina), 316d (2.0, 4-cilindros, diesel), 318d (2.0, 4-cilindros, diesel), 320d (2.0, 4-cilindros, diesel), 320d EfficientDynamics Edition (2.0, 4-cilindros, diesel), 325d (2.0, 4-cilindros, diesel), 330d (3.0, 6-cilindros, diesel) e 335d xDrive (3.0, 6-cilindros, diesel, tração integral). As potências variam entre motores de mesma capacidade, e vão de 114 a 322 cavalos.

Reestilização do Série 3, que oferece "apenas" 11 motores na Europa
Para o consumidor brasileiro, no entanto, a escolha tende a ser mais simples, já que o Série 3 nacional renovado deve oferecer — quando entrar em produção, em data ainda não confirmada — o mesmo motor ActiveFlex turbo de 2 litros do modelo atual. É possível que também seja oferecida no país a adaptação flex do 1.5 tricilíndrico e sobrealimentado, por ora somente a gasolina e já oferecido no Mini Cooper. É o propulsor que abre a gama do Série 3, na versão 318i.

O NOSSO X1
Confirmado para produção em SC, o crossover X1 entra na segunda geração abandonando o corpinho baixo e comprido, que lhe dava um aspecto de perua, em favor de linhas mais parrudas (ganho de 5,3 cm) e posição de dirigir elevada (3,6 cm a mais, que parecem pouco, mas não são), finalmente dignas de um SUV (ou SAV, sports activity vehicle, como quer a BMW) e dos irmãos maiores X3 e X5.

Para notar isso basta olhar a dianteira, que está mais alta e com as duas seções da grade ampliadas. Quem torcia o nariz para o modelo em termos estéticos (e de adequação da forma à função: mesmo com jeitão de perua o porta-malas da primeira geração comporta 85 litros menos que o da nova, que foi a 505 litros) agora poderá de rever os seus conceitos.

O novo X1 será oferecido em cinco níveis de equipamentos, partindo de uma configuração básica e chegando a um que emula items da divisão esportiva M, sem a correspondência em preparação. A gradação se dá especialmente no conteúdo tecnológico, como assistências à condução e de segurança, além de infoentretenimento.

Uma das montadoras que apostou em crescer no meio da crise, a BMW começa a fabricar esta geração do X1 no Brasil no primeiro trimestre de 2017. Até lá, deve importar o novo X1 da Alemanha, mesmo que em lotes reduzidos. O carro nacional deverá ter motorização partindo do 1,5 litro tricilíndrico, assim como o Série 3. Na Europa as opções de motorização — já a partir de outubro — são cinco, duas a gasolina e três a diesel, a serem complementadas mais adiante com dois propulsores tricilíndricos.

Viagem a convite da Anfavea

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