Ele não é um dos modelos mais vendidos da Mercedes-Benz no Brasil, mas, verdade seja dita, a fabricante também não está preocupada com isso. Para se ter ideia, até maio, o GLK (o menor SUV da marca) havia somado apenas 153 unidades vendidas no país, de acordo com a Fenabrave.
Mesmo assim, a Mercedes está investindo nele e, sem muito alarde, decidiu mudar a estratégia de vendas do modelo, passando a oferecê-lo com um novo motor 2.1 a diesel, com 170 cv. O V6 que o equipava anteriormente, a gasolina, com 231 cv, saiu de cena.
À primeira vista, pode parecer um retrocesso, já que a diferença de 61 cv é considerável. Mas, na prática, outro fator acaba pesando a favor da nova motorização: o ótimo torque de 40,8 mkgf disponível já a partir de 1 400 rpm. No V6, eram 30,6 mkgf a 2 500 rpm.
A Carro teve contato com o novo GLK durante uma viagem à Alemanha, onde pudemos avaliar o SUV em seu ambiente preferido (mas não o único): estradas e avenidas bem asfaltadas. Sobre esse tipo de piso, o Mercedes “desliza” sem exibir qualquer problema e os menos atentos sequer desconfiariam tratar-se de um veículo com motor a diesel, tamanho é o silêncio a bordo.
Além disso, o modelo ainda conta com o pacote BlueEfficiency, que inclui sistema start-stop, direção com assistência elétrica, componentes da transmissão de baixo atrito e pneus com baixa resistência à rolagem. Tudo para privilegiar o consumo de combustível. Além disso, no quadro de instrumentos há um monitor pelo qual o motorista pode conferir se o seu estilo de condução está sendo econômico, permitindo a ele adequar-se.
Tem mais: como se trata de um legítimo todo-terreno, esse Mercedes também conta com tração integral 4Matic permanente, que distribui a tração para as quatro rodas eletronicamente, mantendo a proporção 45% para o eixo dianteiro e 55% para o traseiro em condições normais. Mas, em situações de emergência, ou ao se trafegar em trilhas ou outros terrenos com menor aderência, o sistema altera essa distribuição automaticamente e em frações de segundo, garantindo a segurança e a dirigibilidade. O câmbio é o conhecido 7G-Tronic Plus automático de 7 marchas.
Em termos de conforto, o novo GLK também não decepciona e oferece o conhecido padrão Mercedes de qualidade, além de recursos como o Attention Assist (alerta de fadiga do condutor), computador de bordo Comand com navegador por GPS integrado, faróis auto-ajustáveis, entre outros. O modelo também está disponível nas versões básica e Sport, sendo que esta traz como diferencial o Active Park Assist, sistema de manobras automático que permite ao carro estacionar sozinho, além de bancos com ajustes elétricos e memória e teto solar panorâmico, entre outros.
Já equipamentos como freios com ABS com EBD e BAS, controles de estabilidade e de tração, assistente de partidas em subidas e DSR, programa que limita a velocidade em descidas acentuadas sem necessidade de utilizar o freio, são todos de série.
O Mercedes GLK 220 CDI já pode ser encontrado nas concessionárias da marca em todo o país. Já o preço é o calcanhar de aquiles do modelo. Na versão de entrada, o SUV custa R$ 169 900, enquanto a Sport, a mais sofisticada, tem preço definido em R$ 199 900. Assim, fica mais fácil entender por que a fabricante alemã não espera que esse SUV se torne um campeão de vendas.
Ficha técnica
Motor 4 cilindros, turbo, dianteiro, longitudinal, diesel; Cilindrada 2 143 cm3; Cabeçote 4 válvulas por cilindro; Potência 170 cv entre 3 200 rpm e 4 200 rpm; Torque 40,8 mkgf a 1 400 rpm; Câmbio automático, 7 marchas; Tração integral; Rodas liga leve, aro 19”; Comprimento 4,54 m; Largura 2,02 m; Altura 1,73 m; Entre-eixos 2,76 m; Suspensão dianteira independente, McPherson; Suspensão traseira independente, multibraço; Porta-malas 450 l; Peso 1 880 kg