Mercedes-Benz GLC recebe retoques visuais e inédito motor diesel para diferenciar-se das rivais conterrâneas Audi e BMW

Muito comum na Europa, a motorização diesel era uma alternativa ainda não explorada no Brasil entre os SUVs médios da tríade alemã formada por Audi, BMW e Mercedes-Benz. A fabricante da estrela de três pontas é a primeira a apostar nesse nicho (forte na gama de rivais como Land Rover e Volvo), com a chegada da linha 2020 do GLC, que traz retoques no visual e novidades na mecânica.

O GLC é vendido em duas configurações de carroceria, denominadas pela marca como SUV e Coupé. A primeira chega em duas versões: Off-Road (R$ 294.900) e Enduro (R$ 329.900). Ambas adotam o inédito motor 2.0 turbodiesel de 194 cv e 40,8 kgfm de torque. O câmbio é automático de nove marchas e a tração, integral 4Matic.

Já o GLC Coupé, com posicionamento mais esportivo, é o único da gama a manter motorização a gasolina. Neste caso, um 2.0 turbo de 258 cv e 37,7 kgfm – a transmissão é a mesma das outras configurações. Vendido em versão única (300 Coupé), parte de R$ 362.900.

O visual do GLC foi ligeiramente retocado, com novos para-choques, grade, faróis de for mato inédito e lanternas com arranjo interno repaginado. Já a cabine recebeu as alterações mais importantes, com novo volante, quadro de instrumentos digital, central multimídia com tela ampliada (10,2 pol.) e atualizada para o sistema MBUX, de inteligência artificial aprimorada.

A versão topo de linha traz controle de cruzeiro adaptativo, monitoramento de pontos cegos, teto solar panorâmico, carregamento de celular por indução, sistema de som Burmester, assistente ativo de manutenção de faixa, câmeras 360º, bancos dianteiros com ajustes elétricos e memória, pneus run flat, rodas de 19 polegadas e faróis full LED, entre outros.

Impressiona no GLC 220d o silêncio a bordo. Tanto com o carro parado como em velocidade de cruzeiro, é difícil notar o som característico ou a vibração típica dos motores diesel. A aceleração é feita de forma bastante progressiva, sem arrancadas de fazer as costas grudarem no banco – dados de fábrica apontam que o SUV atinge os 100 km/h em 7s9 e chega aos 215 km/h de máxima (limitada eletronicamente).

O câmbio de nove marchas trabalha de forma suave e atua para manter as rotações na faixa de torque máximo, entre 1.600 e 2.800 rpm – a região vermelha do conta-giros começa em 5.500 rpm. A 120 km/h, o 2.0 roda suave em última marcha a baixas 1.600 rpm. O GLC traz os modos de condução Eco, Comfort, Sport, Individual, Off-Road e Off-Road+, que alteram os parâmetros do motor, câmbio, direção e ar-condicionado. A suspensão (multibraço nos dois eixos) traz ajuste voltado ao conforto, mas não decepciona em curvas.

Como em outros Mercedes, o acionamento do freio eletromecânico de estacionamento é feito por meio de um botão à esquerda do volante. Já o sistema de retenção automática em paradas é ativado quando pressiona-se o pedal até o final. Apesar de bem equipado, o GLC custa mais que os principais rivais com motor diesel. De um lado, o Land Rover Discovery Sport SE (R$ 264.900), que tem como atrativos a reconhecida capacidade off-road e a possibilidade de vir com sete lugares, e o Volvo XC60 Momentum D5 (R$ 281.950), que traz de série o pacote de direção semiautônoma.

Share This