A Audi anunciou que vai promover mudanças em sua tecnologia de tração integral Quattro, em prol da eficiência energético dos modelos que utilizam. Mas, apesar do nome “Ultra” (que poderia indicar alguma revolução), trata-se apenas de um recurso aprimorado da tração sob demanda, comumente usada em diversos veículos de várias marcas (inclusive na própria Audi).
A tração Quattro da Audi tem três tipos de aplicações, que variam de acordo com os modelos que a utilizam. Por exemplo, nos carros menores, como S3, Q3 e TT, a tração integral trabalha apenas com o eixo dianteiro em condições normais de tráfego, podendo enviar mais tração às rodas traseiras quando houver necessidade (sendo limitado a 40% de tração atrás, no máximo).
Já para os sedãs A4, A5, A6, A7 e Q5 e Q7 a tração Quattro inverte a relação de distribuição de tração, privilegindo 60% de força às rodas traseiras e 40% para a dianteira. Por fim, o esportivo R8 possui uma configuração exclusiva para ele, com 85% de tração traseira, equilibrando-a com o eixo da frente se precisar.
O advento da tecnologia Ultra, conforme noticiado pelo site Carscoops, poderá equiparar a tração Quattro usada em todos os modelos da Audi, com exceção do R8. Como a tarefa é economizar combustível, a tração Ultra vai trabalhar somente com o eixo dianteiro em condições normais, enviando tração atrás caso necessário, basicamente o que já acontece nos carros menores da fabricante, só que aplicado aos sedãs e SUVs maiores (a tecnologia vai estrear na nova geração da perua A4 Allroad).
Embora não tenha entrado em detalhes técnicos, ainda que o conceito não seja novo, parece que a maneira como o sistema monitorará o carro será diferente, mais eletrônico, com a ajuda de uma série de sensores e assistentes de condução que vão identificar mais rápido e precisamente quando o carro precisa de tração em qual roda.
