Você já viu que ele chegará custando cerca de R$ 50.000. Mas o novo sedã chinês que você poderá comprar a partir de março, o Geely EC7, veio para competir com Fiat Linea, Chevrolet Cobalt, Renault Fluence, JAC J5, Polo Sedan e até mesmo, em suas maiores ambições, com Toyota Corolla e Honda Civic.
Com a mesma filosofia das outras marcas da terra de Mao Tsé-Tung ele vem completo. Traz em sua lista de série ar-condicionado digital, direção hidráulica, airbag frontal, freios com ABS e EBD a disco nas quatro rodas, acendimento automático dos faróis, sistema follow-me home (mantém os faróis acesos por algum tempo depois que o carro é desligado), rodas de liga leve aro 16”, volante com ajuste de altura, lanternas em LED, ajuste de lombar para o motorista, luz de cortesia no para-sol, fixação Isofix para cadeirinhas no banco traseiro e porta-óculos.
Destaque mesmo vai para seu porta-malas impressionante:são 670 litros de capacidade. Para você ter uma noção, a caçamba da Fiat Strada cabine dupla suporta até 680 litros. Nós questionamos alguns executivos da marca sobre o processo de medição usado para aferir tal capacidade e, segundo Oswaldo Jardim, diretor de pós-venda, garantiu que a medição foi feita de acordo com o sistema VDA, o qual é tradicionalmente aceito, e não com água.
Apesar de ser o primeiro carro da marca a ser lançado no Brasil – o próximo será o compacto GC2 que você conferiu aqui no Carro Online – o EC7 só vai corresponder a 40% das vendas das 3.500 unidades que a Geely pretende comercializar até o final do ano.
Com o motor de 130 cv, o 1.8 deixou a desejar em nosso primeiro contato. Você vai conferir os números de teste do EC7 em breve, mas os 16,9 kgfm de torque para os 1.280 kg não foram suficientes para empolgar em retomadas e acelerações na estrada. Em perímetro urbano, o EC7, contudo, parece ser ágil. Mas com quatro adultos e 670 litros de bagagem, certamente deixará os donos mais apressados com bastante raiva.
Ele tem 4,35 m de comprimento, 1,78 m de largura e 1,47 m de altura. O entre-eixos é de 2,65m, 0,5 cm a menos que o Nissan Sentra. Ou seja, o espaço para as pernas dos ocupantes do banco de trás é primoroso. O que pode incomodar é a caída levemente acentuada do teto para os que tem mais de 1,80 m.
A montadora ainda não informou qual a autonomia e consumo do sedã pois ele ainda passará pela etiquetagem do Inmetro. O conjunto motor e câmbio parece trabalhar em harmonia. A 100 km/h, em quinta marcha, a rotação fica estável em 2.500 rpm e, a 120 km/h, sobe para 3.000 rpm. É bom destacar que quatro meses depois de seu lançamento o mesmo propulsor passará a ser flex. O trabalho para isso está sendo desenvolvido pela Delphi e a Geely adianta que ele dispensará o “tanquinho” de partida a frio.
Segundo Oswaldo Jardim, a garantia do sedã é de 3 anos ou 100.000 km e as revisões, que terão preço fixo, serão feitas a cada 10.000 km.
Alberto Costa, gerente de vendas, acrescenta que na questão de segurança ele será um dos melhores do mercado. “No EuroNCAP ele recebeu 4 estrelas e a segurança passou a ser uma característica da Geely”, explica o executivo. A montadora chinesa é proprietária da Volvo, tradicionalmente conhecida por seu cuidado com a segurança veicular.
O acabamento, apesar da simplicidade monocromática, não exibe rebarbas aparentes e não transmite fragilidade, assim como em alguns carros chineses. A lateral das portas é revestida parcialmente de tecido e os comandos estão bem localizados.
O Geely EC7 será oferecido em cinco cores (cinza, preto, prata, azul e branco) e em versão única.