De importado a nacional
O Toyota Corolla estreou no Brasil apenas em sua sétima geração. Mesmo assim, já pode ser considerado um dos modelos mais longevos da história, já que soma 22 anos de mercado, desde a época em que ele era trazido do Japão até o início de sua produção no Brasil. Relembre a trajetória do sedã em nosso país:
1992
Sem chamar a atenção: o Corolla começa a ser vendido no Brasil ainda de forma tímida, nas configurações sedã e station wagon. Com visual conservador e insosso, o modelo apostava no bom acabamento e na quantidade de itens de série para fazer sucesso e foi bem- -sucedido. Posteriormente, ganhou uma versão “pelada”, a DX, que contava com calotas plásticas em vez das rodas de liga leve e sequer trazia rádio. Essa, porém, não foi muito bem-aceita.
1998
Rejeitado: com a chegada de uma nova geração do modelo no exterior, a Toyota brasileira resolveu fazer uma aposta radical e, em vez de seguir importando as versões japonesas do Corolla, arriscou e investiu na configuração europeia, que trazia faróis ovalados e uma grade com desenho polêmico. A reação do público foi de total descontentamento, o que obrigou a empresa a agir rapidamente, a fim de evitar que a imagem do carro, ainda em afirmação por aqui, fosse prejudicada.
1999
Enfim, nacional: lançado no fim de 1998 já como modelo 1999, o Corolla brasileiro traz visual muito mais conservador, sem qualquer ousadia e logo conquista uma boa parcela de consumidores, graças à já conhecida fama de robusto e de confiável. O motor 1.8 de 116 cv, o câmbio automático de 4 marchas opcional e o duplo airbag de série eram itens que chamavam a atenção, assim como a qualidade do acabamento. Começava uma nova fase na história do sedã.
2002
Revolução: contando com o ator Brad Pitt como garoto-propaganda, a nona geração do Toyota Corolla chegou ao país trazendo uma nova referência de visual e estilo. O conservadorismo foi deixado de lado, e o carro ganhou aspecto moderno, que logo encantou não apenas o seu público fiel, mas, principalmente, os consumidores mais jovens, uma novidade para a Toyota até então. Essa mesma geração ainda teve a Fielder, versão station que foi descontinuada anos depois.
2008
Modernizado: a décima geração do sedã mais vendido no mundo era aguardada com muita expectativa em função da ousadia que a Honda havia demonstrado com o Civic, dois anos antes. A Toyota, porém, apostou em uma fórmula mais conservadora e conferiu ao seu três-volumes um visual atualizado, mas sem grandes inovações técnicas ou estilísticas. O defasado câmbio automático de 4 marchas seguia como o calcanhar de aquiles do modelo.
2012
Apenas ajustado: sem muito alarde, a fabricante japonesa promoveu pequenos ajustes no visual do carro, que ganhou para-choque frontal redesenhado, assim como novos faróis e luzes auxiliares de neblina. Muito pouco, aparentemente, mas os consumidores fiéis, ao que parece, aprovaram a fórmula e seguiram mantendo o Corolla na briga pela primeira colocação do segmento. Enquanto isso, o Civic passa por nova reformulação no fim daquele ano.
2014
Tudo novo. ou quase: mais uma vez, uma nova geração do Corolla (agora a 11ª) chega ao Brasil cercada de expectativa por parte dos consumidores. As concessionárias chegam a cobrar R$ 5.000 para a pré-venda do modelo, que corresponde, em parte, aos anseios. O carro ficou maior, tem visual atualizado como aquele comercializado na Europa e nos Estados Unidos e, finalmente, traz um câmbio moderno, embora CVT. Agora é aguardar pela reação do público.
Sem sombra de dúvida é. Uns dos.melhores carros.