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Os modelos 2014 – e alguns 2015 – já estão nas lojas e, com isso, pipocam promoções da linha 2013 e dos seminovos, que geralmente entram como parte do pagamento nas trocas. Assim, esse é um momento de grandes oportunidades de bons negócios, seja para a realização do sonho do primeiro carro ou um upgrade para um modelo de luxo, aquele tão desejado importado.

20% é a depreciação de um carro de um ou dois anos de uso em relação ao 0 km

Mas o comprador deve ir com calma, pesquisar muito e não assinar o cheque no primeiro lugar que entrar. O carro ideal pode estar na loja ao lado. “A compra de um seminovo deve ser racional. Deixe a emoção de lado para garantir um bom negócio”, afirma o consultor Paulo Roberto Garbossa, da ADK. “Avalie quanto você tem para investir, à vista ou financiado, e procure um carro que atenda às suas necessidades.”

Garbossa reforça que o valor de um automóvel 1.0 novo básico, por exemplo, pode ser equivalente a um seminovo, com um ou dois anos de uso, com motor mais potente (1.4 ou 1.6), ar-condicionado e direção hidráulica. Por isso, é muito importante analisar todo o conjunto e não apenas o estado de conservação do veículo.

No caso dos modelos médios e premium, é possível encontrar desde um sedã importado completo, com cerca de oito anos de uso e baixa quilometragem, por R$ 40.000 até um carro com um ou dois anos, com depreciação de 20% do valor do 0 km. “Há seminovos tão bons quanto os novos. O consumidor brasileiro está percebendo que pode fazer um bom negócio comprando um usado e mudando seu conceito”, afirma Henning Dornbusch, CEO do Grupo Eurobike.

Para o executivo, esse mercado é promissor, tem muito para crescer, e as empresas vêm desenvolvendo estruturas específicas para o segmento de seminovos, como áreas especiais para exposição dos automóveis e atendimento personalizado aos clientes.

Uma das novidades da Eurobike é um aplicativo que permite acessar pelo celular todas as informações sobre as concessionárias do grupo, estoques de usados, dados e preços. “A internet é uma ferramenta cada vez mais essencial, pois podemos cadastrar os potenciais clientes e focar nosso atendimento. Acreditamos que, com o Eurobike App, 70% de nossas vendas serão geradas pela web”, comenta Henning.

Sem pendências

Seja qual for o porte do seminovo a ser adquirido, um ponto fundamental é checar sua procedência, verificando se não há pendência com documentação e impostos. Essas informações podem ser fornecidas pela própria loja ou pesquisadas no Detran local. Existem, ainda, empresas de consultoria especializadas nesse tipo de levantamento, emitindo um laudo de procedência, incluindo avarias graves em acidentes. Os preços variam de R$ 120 a R$ 300, dependendo do serviço prestado.

O local da compra também merece atenção. Quem alerta é Laércio Godinho, assessor técnico do Procon-SP (Fundação de Defesa e Proteção do Consumidor de São Paulo).  “Nas concessionárias, os preços são um pouco mais altos, mas oferecem melhor estrutura. Quando um seminovo entra como troca, é feito um levantamento da sua procedência para assegurar uma boa venda. Além disso, há oficina própria para revisão e atendimento, em caso de um problema mecânico dentro dos 90 dias da garantia. Já a loja independente vende um pouco mais em conta, pois tem uma estrutura menor, e os serviços são terceirizados. A garantia também é de 90 dias”.

Se estiver em dúvida em relação à idoneidade da loja, o cliente pode consultar o Cadastro Anual de Reclamações Fundamentadas no site do Procon de sua cidade. Alguma reclamação contra a empresa registrada no órgão nos últimos anos aparecerá neste ranking. Ou seja, quanto mais você se cercar de garantias, menos arriscado é.

Dicas

Confira as dicas abaixo

Na hora da compra

Para reduzir os riscos de fazer um mau negócio, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) destaca alguns cuidados que o comprador deve ter:

Faça um test drive antes da compra. 
Essa prática é essencial para detectar possíveis pontos negativos do carro.

Observe o funcionamento do motor, prestando atenção a cheiro e barulhos estranhos.

Confira a cor da fumaça do escapamento: se for preta pode significar motor desregulado. A azulada é um sinal sério de queima de óleo no motor e pode resultar até em uma retificação completa. A branca é normal, principalmente 
em carros que usam etanol em dias frios.

Verifique o nível de óleo do motor e se a cor não está escura. Cheque data e quilometragem da última troca. Consulte um mecânico de confiança para saber se há borra de óleo no motor, capaz de causar entupimento das vias de lubrificação.

Dificuldade no engate das marchas ou ruído também são sinais ruins: podem representar problemas de rolamento na caixa do câmbio.

Verifique os freios: pise no pedal com o carro desligado e mantenha a pressão; ligue o motor 
e sinta o pedal, que deve ceder levemente antes de parar. Se ele ceder até o fim ou não se mover, 
é possível que haja algum problema.

Os pneus também merecem atenção: se estiverem gastos, significa que rodaram ao menos 30.000 ou 40.000 km. Pneus com desgaste irregular pode indicar problema na suspensão.

Na carroceria, fique atento a diferenças de cores na pintura, emendas e saliências.

Tome cuidado com veículos importados que tiveram poucas unidades vendidas no país. A assistência técnica pode não ser adequada.

Consulte o Detran. Se houver pendências, a oferta precisa compensar para você assumir as dívidas. Se o carro estiver quitado, vá ao cartório e faça uma cópia autenticada do recibo de transferência. 
  

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