A Honda anunciou nesta sexta-feira (30) que adiou o inicio da produção de veículos em Itirapina (SP), previsto para o primeiro semestre de 2016. Não foi anunciada uma nova data. Motivo: esperar um momento de “maior previsibilidade” do mercado automotivo nacional.
Segundo a Honda, a fábrica — a segunda da marca no Brasil — está quase pronta (as obras civis já acabaram há meses) e não será paralisada. Trabalham nela 121 funcionários. Não haverá demissões.
O anúncio do adiamento da fábrica acontece num momento de alta da Honda nas vendas de carros novos no Brasil. Ela ocupa hoje o 8º lugar no ranking das montadoras, com 5,98% de participação nos emplacamentos de automóveis/SUVs e picapes (números da Fenabrave até o final de setembro). No mesmo período de 2014, a fatia da Honda era de 3,99%.
Em números absolutos, foram 112.551 emplacamentos no período, ante 95.857 em 2014. Boa parte desse desempenho se deve ao crossover HR-V, lançado este ano e com fila de espera nas concessionárias.
No entanto, a Honda diz que 2016 será um ano de estabilidade em suas vendas, e que por isso a fábrica de Sumaré (SP), que também produz Fit, City e Civic, dará conta da demanda. Segundo a assessoria, a unidade trabalha em dois turnos e já em regime de horas extras (1h15 por dia).
HÍBRIDOS?
CARRO ONLINE obteve junto a uma fonte do mercado uma informação diferente sobre a fábrica de Itirapina. A Honda estaria se preparando para mudar o foco da nova unidade, adaptando-a para a produção local de veículos híbridos.
No exterior, modelos como Fit, City, Civic e o próprio HR-V tem versões que combinam motores a combustão e elétricos. Caso sejam fabricados aqui, terão ampla vantagem tributária na briga com modelos importados de marcas rivais, que devem começar a chegar ao país estimulados pelas novas regras do setor.
A assessoria da Honda nega.