A Mercedes-Benz do Brasil tem planos ambiciosos para o GLA, modelo que a empresa chama de SUV compacto (embora tenha mais características de crossover urbano). Tanto que, para se ter ideia, o objetivo é que o modelo responda por 35% das vendas da marca no país até o fim deste ano. Além disso, os executivos da fabricante confirmaram que vão alterar a estratégia de vendas, reduzindo as unidades do Classe A e investindo mais nos GLA.
O novo planejamento também envolve a ampliação da gama e, para isso, a Mercedes lançou hoje (1º de abril) em São Paulo, os novos integrantes da linha: os modelos GLA 250 Vision e GLA 250 Sport. Como o nome indica, a maior atração dos dois é o motor mais potente, um 2.0 de 4 cilindros turbo movido a gasolina, capaz de produzir 211 cv e 35,7 mkgf de torque. É uma diferença considerável (55 cv e 10,2 mkgf) em relação à versão 200, cujo motor 1.6 – também turboalimentado – produz 156 cv e 25,5 mkgf. O câmbio, em compensação, é o mesmo para todas as versões: robotizado de dupla embreagem com 7 marchas.
Externamente, os modelos Vision não trazem diferenças estéticas. Em compensação, a Sport exibe mudanças na parte inferior dos para-choques, com detalhes de metal e na grade, com visual diferenciado. Nas laterais, as soleiras também têm acabamento exclusivo e atrás, além de um defletor, o modelo conta com dupla saída de escapamento cromada. Por fim, as rodas de liga leve possuem desenho e acabamento exclusivos.
Por dentro, a sensação é a de déjà-vu, já que a disposição de comandos, botões e equipamentos é a mesma dos demais modelos da “família de compactos” da Mercedes (Classe A e CLA). Mas isso não chega a ser um aspecto negativo. A ergonomia, como sempre, é excelente e a melhor posição de dirigir é facilmente encontrada, graças aos ajustes do banco do motorista (elétricos e com memória) aliados às regulagens do volante (altura e distância). A visibilidade, da mesma forma, é muito boa.
AVALIAÇÃO
O conjunto motriz do GLA 250 Sport impressionou favoravelmente, com respostas ágeis e vigorosas durante todo o trajeto. O câmbio de dupla embreagem, com opção de trocas manuais por meio das borboletas junto ao volante, também mostrou funcionamento perfeito (assim como já havia demonstrado no GLA 200, vale lembrar).
O único aspecto que não agradou muito foi a suspensão, que embora filtre bem as imperfeições do piso, se mostrou um tanto ruidosa, o que acabou chamando a atenção. A estabilidade, em compensação, foi irrepreensível. Segundo a fabricante, as novas versões do GLA 250 aceleram de 0 a 100 km/h em 7s2 e atingem velocidade máxima de 235 km/h (limitada eletronicamente). Já os GLA 200 vão de 0 a 100 km/h em 8s8 e alcançam 215 km/h de máxima.
Com relação ao acabamento, o padrão é o conhecido de outros modelos da Mercedes, sem críticas. O mesmo, porém, não vale para os equipamentos de série. Afinal, câmera de ré, retrovisor eletrocrômico e sistema de partida sem chave (encontrados em veículos de categoria inferior) são itens disponíveis apenas na versão Sport. Ou seja, quem desembolsa R$ 171.900 pelo GLA Vision só pode acionar o motor pelo método tradicional: inserindo e girando a chave.
Os novos modelos da linha GLA já podem ser encontrados na rede de concessionárias Mercedes em todo o país. o GLA 250 Vision custa R$ 171.900 e o GLA 250 Sport R$ 189.900. Clique aqui para saber os preços de todas as versões do SUV.
