Texto: Marcos Camargo
Durante o lançamento da picape híbrida Shark no México, a revista Carro participou de uma coletiva de imprensa com a CEO da BYD para as Americas, Stella Li, que falou sobre o cenário dos carros híbridos e elétricos no Brasil e a presença de destaque da BYD no mundo.
A executiva que lidera a BYD falou que a competição também é acirrada na China. “Há uma guerra sangrenta entre as marcas na China” comentou a executiva citando marcas novas como BYD, GWM, Geely, Chery, JAC e marcas mais novas com foco em alta tecnologia como Neta, Zeekr e a própria Fangchengbao e Denza da BYD.
Stella Li disse que a recém anunciada fábrica no México irá direcionar a produção da BYD para a América Central. A marca diz que não há planos de entrada da BYD nos Estados Unidos que acabam de anunciar barreiras de impostos anunciadas pelos Estados Unidos.
Questionada sobre os comentários de Elon Musk sobre a dificuldade de concorrer com as novas marcas chinesas, Stella Li disse que a BYD “tem boas relações com a Tesla” e que a BYD busca ser “uma marca local” com produção local que entende as necessidades de cada país. É o caso da fábrica da Hungria na Europa e o anuncio futuro de uma nova fábrica para evitar as taxações.
No Brasil a fábrica está prevista para começar a operar no final de 2025: “talvez antes” antecipou Stella Li.
Sobre as críticas e barreiras alfandegárias impostas à carros chineses na Europa, Estados Unidos e até Brasil, Stella Li foi enfática. “Hoje marcas tradicionais estão com dificuldades de brigar com as chinesas especialmente com a BYD”
“Algumas marcas colocam a culpa no governo chinês mas a verdade é que o governo chinês colocou em prática ações que priorizaram a tecnologia. Há 20 anos já haviam estabelecido metas de investimento claras e já falavam em eletrificação mas as concorrentes colocam a culpa nas marcas chinesas e na verdade é uma questão de foco”, completou.
Sobre o futuro dos carros híbridos e elétricos Stella Li comentou. “Entendemos que o híbrido é um meio termo entre elétrico e combustão. Nossos carros PHEV (híbridos plugin) são justamente isso. Vemos que a primeira compra eletrificada será um híbrido plugin mas a segunda compra será um veículo elétrico”, disse.