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A utilização do câmbio CVT tem se tornado algo crescente em nosso mercado. Por aqui, o primeiro carro a utilizar essa tecnologia foi Honda Fit, em meados de 2003 já como modelo 2004. No entanto, a tecnologia que era novidade por estes lados não angariou fãs e saiu de linha em 2008 com o facelift do modelo.

No mesmo ano, a Nissan trouxe o novo Sentra com a transmissão CVT em substituição à antiga automática de 4 marchas. Ao contrário do Honda, o sedã da Nissan abraçou a tecnologia e segue com ela até os dias de hoje.

Agora, o CVT chegou aos SUVs compactos. O primeiro a trazer este tipo de câmbio no segmento foi o Honda HR-V. Embora ainda não tenha caído no gosto do brasileiro, a utilização desta tecnologia tende a aumentar, haja visto que, neste segmento, o HR-V tem agora um bom  concorrente: o Renault Captur.

Desempenho

O Renault Captur vem com o recém lançado 1.6 16V SCe de 118 cv (G) / 120 cv (E) e torque de 16,2 kgfm (G/E). Apesar de apresentar bom desempenho em outros modelos da marca, como no seu irmão menor, o Sandero, o motor de 1.597 cm³ não tem pique para carregar todos os 1.286 kg do SUV. No entanto, o câmbio CVT produzido pela Jatco, empresa da aliança Renault-Nissan, parece ser melhor acertado para este conjunto e deixa o veículo sempre em rotações mais baixas e silencioso. É nítido que, para este caso, falta motor e não câmbio.

Como funciona o CVT?

O câmbio CVT – Continuously Variable Transmission – é um tipo de câmbio com relações de marcha continuamente variáveis, ou como você já deve ter ouvido falar, um câmbio com marchas infinitas. Para que isso seja possível, o CVT não possui engrenagens e os componentes responsáveis por transmitir a rotação a rotação para o diferencial são duas polias com sulco em forma de “V” e largura variável ligadas por uma correia.

A polia primária (ou condutora) recebe o torque do motor, enquanto a secundária transmite o movimento ao diferencial. Cada polia possui dois cones que podem se afastar ou se aproximar por meio de um sistema hidráulico, diminuindo ou aumentando a largura do canal onde passa a correia. Este distanciamento se dá de acordo com a demanda do motorista, o que faz a velocidade e o torque nas rodas aumentar ou diminuir.

Deste modo, quando os cones estão próximos, o canal fica mais estreito e, consequentemente, o raio da polia aumenta. Em casos em que você tem uma “marcha reduzida”, a polia primária apresenta um raio menor, enquanto a secundária fica com o raio maior. Quando o veículo é acelerado, o raio das polias se inverte e a relação de marcha aumenta.

Até o próximo posto

O Captur tem consumo bom para o seu porte, com 7,3 km/l no ciclo urbano e, no rodoviário registrou 9,4 km/l, ambas as medições registradas com etanol no tanque.

Visual atrativo

O Captur é imune às críticas neste quesito. Bastante semelhante ao modelo vendido na Europa, por aqui recebeu um facelift no para-choque para acomodar os faróis de neblina que tem luzes LED em “C”, enquanto o modelo comercializado lá fora tem formato retangular. Na traseira, as charmosas e pequenas lanternas dão ar de exclusividade. Os vincos no capô, a grande faixa lateral em plástico preto que cobre também a caixa de rodas e a possibilidade de carroceria biton deixam o carro com aspecto moderno e robusto (a Renault diz sensual e elegante). Esta possibilidade de carroceria em duas cores, inclusive, é responsável por 85% do mix de vendas do modelo.

Proposta Diferente

No Captur, há um excessivo aspecto de simplicidade nos materiais empregados, embora o design deles remeta à modernidade. O painel, por exemplo, ao contrário do HR-V, seu maior concorrente, é de plástico duro. Os botões de controle dos vidros elétricos e do volante são os mesmos utilizados no Sandero. A manopla do câmbio automático tem aspecto muito simplório. Para saber qual a posição do câmbio selecionada, somente olhando na luz espiã do painel. O painel de instrumentos, inclusive, é bastante minimalista e traz dois marcadores analógicos para informar a rotação do motor e o nível de combustível no tanque, além de dois digitais centralizados, com o maior responsável por informar a velocidade do veículo e o menor com as informações do computador de bordo. Ponto negativo para o difícil acesso ao botão de controle do modo Eco e do ajuste de piloto automático e limitador de velocidade, posicionados abaixo do freio de mão.

Ao volante

O Captur é um SUV nato neste aspecto. A posição de dirigir é elevada e o carro é bastante alto em relação ao solo: 212 mm, para ser mais preciso. O modelo também possui ampla área envidraçada e aparenta ser mais espaçoso do que realmente é. A carroceria também oferece à rolagem típica de veículos do segmento, mas o conjunto McPherson dianteiro e semi-independente com barra estabilizadora na traseira é confortável em uso urbano. O Captur utiliza direção eletro-hidráulica que é mais pesada em manobras do que os sistemas utilizados pela concorrência.

Muito bem equipado

No Captur, a lista de equipamentos de série é extensa, com ar-condicionado automático; bancos em couro; câmera de ré; chave-cartão hands free com walk away closing; Eco Mode com Eco Monitoring; piloto automático (regulador e limitador de velocidade); retrovisores externos com regulagem elétrica, rebatíveis eletricamente e com repetidores integrados; sensor crepuscular; sensor de chuva; vidros dianteiros e traseiros com função “one touch”, com sistema antiesmagamento e fechamento pela chave; 4 Air bags (frontais e laterais); assistente de partida em rampa (HSA); faróis de neblina em LED com função cornering; freios ABS; sistema Isofix; Media NAV de 7’’ com navegação GPS e conexão USB, auxiliar e Bluetooth com comandos de áudio e celular na coluna de direção. Para ele, é opcional a pintura por R$ 2,9 mil.

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