Você viu aqui no CARRO ONLINE que o Q3 estreou a linha 2016 com um facelift moderado e melhorias sob o capô (além da inclusão de uma inédita opção 1.4 turbo em sua gama). A bordo da versão 2.0 Ambiente, tentamos identificar na prática se tais mudanças de fato surtiram efeito no utilitário.
A ficha técnica do novo Q3 aponta que agora ele gera 180 cv de potência, 10 cv a mais que a linha anterior (além de agora ter uma versão top de linha com 220 cv, utilizando o mesmo bloco TFSI). Segundo a Audi um dos fatores que levaram a esse acréscimo foi a adoção da injeção direta dupla. Isto é, quando o motorista requer mais potência e torque em rotações mais baixas (como acionando a função kick-down do acelerador em saídas de semáforo, por exemplo), o bico injetor atua tanto durante a admissão de ar dentro do cilindro quando no momento da compressão, aumentando a resposta do bloco.
Na nossa pista de testes, os desempenhos do Q3 atual e o de 170 cv foram praticamente idênticos. Na aceleração de 0 a 100 km/h, míseros 0s10 separam o SUV mais potente de seu predecessor (7s55 contra 7s65). Na retomada de 60 km/h a 120 km/h, a diferença também foi bem tímida: 8s53 contra 8s64. Os resultados não são ruim, afinal, tais marcas são bastante satisfatórias para um veículo deste porte.
Contudo, menos de um segundo de diferença nos testes significa que, na vida real, o consumidor não perceberá a evolução técnica. O comportamento do Q3 continua agradável para a vida urbana, devido a agilidade do motor 2.0 TFSI, cujo pico de torque é atingido já nas 1.400 rpm. Na estrada, a elasticidade é seu grande trunfo, uma vez que a potência máxima se estende até as 6.200 rpm. A versão avaliada ainda se beneficia do recurso Audi Drive Select, que amplia o leque de comportamentos do SUV, variando da eficiência energética até a plenitude esportiva do modelo.
Se na aceleração o Q3 não surpreendeu, no consumo de combustível ele está 16% mais eficiente. Enquanto o modelo anterior obteve média de 8,8 km/l em percurso misto, o atual rodou 10,2 km/l. Considerando somente trechos urbanos, a vantagem sobe para 37% (6,2 km/l ante a 8,5 km/l). No teste de fading, ele também demonstrou evolução: precisou, em média, de 1,5 m a menos para frear totalmente.
Talvez o principal atributo do Q3, outra característica mantida nele é o conforto. As suspensões trabalham muito bem entre a função de absorver os impactos da via e proporcionar estabilidade em curvas sinuosas. A tração Quattro também ajuda neste último quesito, transmitindo segurança para que o carro as contorne de maneira mais precisa, além de contribuir para o desempenho.
FICHA TÉCNICA | Audi Q3 2.0 TFSI Ambiente |
Motor: | dianteiro, transversal, turbo, 16V |
Cilindrada: | 1.984 cm³ |
Potência: | 180 cv a 4.000-6.200 rpm |
Torque: | 320 kgfm a 1.400-3.900 rpm |
Tração: | Integral |
Transmissão: | Dupla embreagem, 7 marchas |
Peso: | 1.540 kg |
Dimensões (CxLxA): | 4,38 m, 1,83 m, 1,59 m |
Entre-eixos: | 2,60 m |
Porta-malas: | 460 l |
Vendido a R$ 165.190, a versão intermediária 2.0 do utilitário é que apresenta a lista de equipamentos mais coerente para a sua proposta. De série já estão inclusos itens como abertura e fechamento elétricos do bagageiro, piloto automático, função auto hold (que aciona o freio de estacionamento automaticamente para aliviar o pé direito durante o anda-e-para da cidade) e sensores traseiro e dianteiro. Além dos seis airbags, faróis de xenônio, controle de estabilidade, sensor de luz e chuva banco com ajustes elétricos.
NOSSAS MEDIAÇÕES | |
Aceleração: | |
0-60 km/h | 3s37 |
0-80 km/h | 5s24 |
0-100 km/h | 7s55 |
0-120 km/h | 10s68 |
Retomadas: | |
40 a 100 km/h em Drive | 6s45 |
60 a 120 km/h em Drive | 8s53 |
80 a 120 km/h em Drive | 5s83 |
Frenagem: | |
60-0 km/h | 12,93 m |
80-0 km/h | 23,27 m |
100-0 km/h | 36,56 m |
Consumo (gasolina): | |
Urbano | 8,5 km/l |
Rodoviário | 12,4 km/l |
PECO | 10,2 km/l |