A pesar de exibir atributos como amplo espaço interno (incluindo o porta-malas), bom desempenho e dirigibilidade e preço competitivo, o Renault Fluence, lançado no Brasil em fevereiro de 2011, nunca chegou a ser um campeão de vendas. Em 2012, no seu melhor ano no mercado nacional, por exemplo, o três-volumes registrou 15.336 unidades emplacadas, de acordo com a Fenabrave. Pouco, quando comparado aos números dos lideres de mercado Honda Civic e Toyota Corolla, que obtiveram 50.490 unidades e 56.365 exemplares vendidos, respectivamente.
Desde então, as vendas do Fluence passaram a cair, e para reverter isso, a Renault providenciou a primeira reestilização do modelo, além de dotá-lo de mais equipamentos na linha 2015.
Na parte externa, a principal modificação foi realizada na dianteira, que recebeu novo pára-choque com luzes de LED e estilo que se alinha com a nova identidade visual da marca. A versão oferecida para este teste foi a Privilége, completa, com câmbio CVT. Além de itens já conhecidos, como ar-condicionado digital de duas zonas e controle eletrônico de tração e de estabilidade, seis airbags, e direção com assistência elétrica, por exemplo, o sedã ganhou o sistema Walk Away Closing (que trava as portas quando o motorista se afasta com a chave presencial), sistema multimídia R-Link com tela tátil de 7”, faróis de xenônio, rodas de 17”, entre outros detalhes.
Já na parte mecânica não houve alterações, o que significa suspensão com ótimo acerto entre conforto e dirigibilidade, freios eficientes e bom desempenho — com etanol, o motor 2.0 16V gera 143 cv 20,3 mkgf, permitindo que o sedã acelere de 0 a 100 km/h em bons 10s4, dentro da média para o segmento.
Mas, se manteve as boas características do modelo anterior, o Fluence 2015 também segue apresentando consumo elevado. Em nossa avaliação, o Renault obteve média de 5,4 km/l em ciclo urbano e 9,5 km/l em estrada (com etanol), enquanto o Honda City LXR, por exemplo, registrou 6,2 km/l e 12 km/l nas mesmas medições.
O Renault Fluence 2015 tem qualidades para se destacar entre os sedãs médios nacionais, especialmente por seu custo-benefício e ampla lista de itens de série. Resta saber se isso é suficiente para manter a clientela antiga do modelo e, principalmente, conquistar um novo público.
Ficha técnica:
Velocidade máxima (km/h): 195
Motor disposição/número de válvulas: 4 cil., diant., transv., 16V
Cilindrada (cm³): 1.997
Potência (cv): 140 (G) / 143 (E) a 6.000 rpm
Torque (mkgf): 19,9 (G) a 3.750 rpm / 20,3 (E) a 3.750 rpm
Câmbio: CVT (Continuamente Variável)
Suspensão (dianteira/traseira): McPherson/Eixo de torção
Peso vazio/cap. máx. de carga (kg): 1.285/485
Diâmetro de giro (m) (esq./dir.): 11,1
Porta-malas (litros): 530
Tanque de combustível (litros): 60
Pneus (veículo testado): 205/60 R17
Comprimento/largura/altura (mm): 4.620/1.810/1.470
Entre-eixos (mm): 2.700
Medições
0-60 km/h (m):4s9 (45,6)
0-80 km/h (m): 7s3 (92,5)
0-100 km/h (m): 10s4 (171,7)
0-120 km/h (m): 14s8 (304,3)
Retomada
40-100 km/h em Drive: 8s1
60-120 km/h em Drive: 10s8
80-120 km/h em Drive: 7s8
Consumo cidade: 5,4 km/l (etanol)
Consumo rodoviário: 9,5 km/l (etanol)
Consumo médio (PECO): 7,2 km/l (etanol)
