É provável que você já tenha vivido ou conhece alguém que presenciou a seguinte cena: você dá o contato na bateria, liga o carro e as luzes do painel vão se apagando, exceto a da injeção eletrônica. Ela teima em ficar acesa, mesmo quando o automóvel, aparentemente, funciona sem problema algum. A solução, até pouco tempo atrás, era reservar um espaço na sua agenda para levar o carro à oficina para um diagnóstico do seu problema.
Nos últimos anos surgiram alternativas que, se não eliminam eventuais falhas, ao menos agilizam sua solução. São os leitores de injeção para uso caseiro, que se conectam à porta OBD II do carro (obrigatória em todo modelo nacional feito a partir de 2010 e presente em quase todos os importados) e se comunicam com aplicativos de celular. O Carrorama, vendido sob licença pela Multilaser por R$ 149, é uma dessas alternativas.
CARRO ONLINE testou o acessório, que dá acesso a informações até então “exclusivas” de concessionários e oficinas equipados com computadores capazes de revelar o que há por trás daquela simples luz amarela com a silhueta de um motor. Entre os dados há velocidade (real) do carro, rotação (mesmo em carros sem conta-giros), temperatura da água e óleo, pressão do combustível e percentual de etanol no tanque. Este último recurso, aliás, pode ajudar a identificar uma gasolina adulterada, já que mistura legal dela com etanol não pode passar de 27%.
O leitor do OBD só funciona com o aplicativo da empresa, que pode ser baixado gratuitamente apenas para celulares com sistema operacional Android. O Carrorama também mostra falhas ativas ou gravadas na memória da injeção: dá para saber se um carro que você quer comprar já teve algum problema eletrônico, por exemplo. Mas não é possível apagar ou modificar qualquer parâmetro da injeção. “Essa limitação se deu para que pudéssemos homologar o Carrorama no Brasil”, explica Eduardo Souza, engenheiro responsável pelo acessório no País.
A vantagem é que, em algumas situações, esse tipo de acessório pode economizar uns bons trocados. Em um dos carros testados – o sistema permite o cadastro de diversos modelos e não tem limite – a luz de injeção estava acesa. O diagnóstico: problema na pressão da linha de combustível. Os valores, porém, estavam dentro dos padrões. O sistema acionou a luz porque o automóvel em questão havia passado por um teste de combustível, que exige uma mudança temporária no sistema de combustível.
Com a linha de combustível reestabelecida, conforme os valores informados pelo aplicativo indicavam, a luz se apagou após alguns minutos e uma eventual visita ao concessionário, dispensada.
O funcionamento do Carrorama é simples e não exige conhecimento técnico. Seu funcionamento passivo evita que o proprietário possa alterar alguma parâmetro da injeção por um descuido, mas também limita sua aplicação a entusiastas ou curiosos sobre seu próprio automóvel. O valor cobrado é elevado, mas fica abaixo de outros concorrentes vendidos por empresas conhecidas.
Oi como faço para verificar o meu carro está asesa e luz da injeção