Já está à venda no país o novo Chrysler 300C, que vem para concorrer principalmente com o Mercedes-Benz Classe E. Por que alguém deixaria de comprar um Mercedes e compraria um Chrysler? Bem, uma possível razão é que o 300C custa R$ 204.950, enquanto a versão mais barata do Classe E, a Avantgard, está em R$ 254.900. Outro possível motivo é que o Chrysler 300C tem motor V6 3.6 com 296 cv. O alemão oferece, na sua versão mais barata, motor de quatro cilindros 2.0 turbo com 211 cv.
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A Chrysler aposta ainda na tradição da sua marca, com inúmeros fãs, especialmente nos EUA. Ainda mais neste ano, no qual o modelo comemora 60 anos de história. Justamente para mostrar a sua força histórica, a apresentação do novo carro foi em frente ao Museu Walter P. Chrysler, na sede da marca, em Detroit. Para celebrar o momento, foram mostrados o novo modelo e, ao lado dele, o primeiro Chrysler 300, de 1955. Já equipado com um potente motor V8 de 270 cv, ele foi uma lenda de esportividade.
O atual 300C disponível no Brasil não tem o tradicional motor V8. Em seu lugar, veio um V6 Pentastar, agora com 10 cv a mais. O torque também subiu, de 34,7 para 36 mkgf. O câmbio é um eficiente TorqueFlite com oito marchas. Andy Love, Chefe de Marketing de Produto da Chrysler, explicou: “Essa versão combina força e desempenho; por outro lado, traz muito conforto ao dirigir.”
No visual, as alterações parecem discretas, mas há muitas mudanças. A dianteira, por exemplo, foi redesenhada, e a grade ficou 33% maior, destacando ainda mais o emblema da marca, com a asa estilizada. Segundo Brandon Faurote, Chefe de Design da Chrysler, o cromado em volta da grade do radiador foi reduzido, para deixar o modelo mais sofisticado: “O Chrysler 300C ganhou uma frente mais escultural e orgânica e ficou mais leve.”
A grade inferior da dianteira completa o novo estilo, contornada por uma pequena faixa cromada e abrigando os faróis de neblina, agora de LEDs. Os faróis principais têm um desenho também de LEDs em formato de C. Na lateral, o 300C mantém o estilo de linha de cintura alta, outra marca registrada. As rodas de 20 polegadas são novas. Na traseira, o desenho mostra novas lanternas de LEDs. O para-choque foi redesenhado e possui um degrau, simulando o para-choque do modelo original atrás da tampa do espaçoso porta-malas (com 500 litros de capacidade). As duas saídas de escapamento ganharam novas ponteiras. Ao acelerar, mesmo sendo um V6, o som não deixa esquecer a sua origem esportiva.
Antes de partir para o desempenho, vale falar do interior, sofisticado e confortável. Uma das novidades é o monitor colorido multifuncional de 7”, entre o velocímetro e o conta-giros, que exibe informações como autonomia e consumo médio. O mais prático, entretanto, é poder visualizar as indicações do GPS nas duas telas, pois o carro mantém o sistema multimídia Uconnect de 8,4 polegadas. Essa tela maior controla ainda áudio, telefone, ar-condicionado e aquecimento/ventilação dos bancos, por sinal, algo muito útil no verão de Detroit. Os dianteiros podem ser aquecidos e resfriados enquanto o traseiro contam apenas com aquecimento. O carro avaliado também possuia Wi-Fi, mas esse sistema está disponível apenas nos EUA.
A seleção de marchas é feita por intermédio de um botão no console. No início, parece um pouco estranho, mas é bastante simples de utilizar. O freio de estacionamento é acionado pelo pé esquerdo, apertando um pedal.
Mas como é dirigir esse carrão tipicamente americano? Primeiro, ele impressiona pela eficiência do motor V6, que mostra muito boa performance, apesar de todo o tamanho e peso do modelo. As respostas são rápidas e, segundo a fabricante, a aceleração de 0 a 100 km/h é em 7s9. A velocidade máxima é de 240 km/h.
Quem, como eu, teve a oportunidade de dirigir os antigos Chrysler 300 C, que pareciam navegar nas estradas, tamanha a maciez da suspensão, vai se surpreender! O equilíbrio veio do conjunto com triângulos superpostos na frente e multibraço na traseira. Segundo a Chrysler, há ainda duas importantes atualizações na linha 2015: a direção passou a contar com assistência totalmente elétrica, que proporciona mais conforto e segurança. E os eixos e carcaças são agora de alumínio fundido, mais leves, colaborando com a maior eficiência do conjunto, pois reduzem as perdas por atrito.
Esta é a versão do 300C que você pode adquirir no Brasil. A V8, bem mais potente, não deve vir. O objetivo de vendas da Chrysler é modesto, pois a marca entende que atuará em um mercado de nicho, algo bem diferente dos EUA. Uma coisa eu garanto: os fãs não ficarão decepcionados.
FICHA TÉCNICA | Chrysler 300C |
Motor: | V6, DOHC, dianteiro, long., 24V, gasolina |
Cilindrada: | 3.604 cm³ |
Potência: | 296 cv a 6.350 rpm |
Torque: | 36 kgfm a 4.800 rpm |
Câmbio: | Automático, 8 marchas, tração traseira |
Suspensão (d/t): | Independente/multibraço |
Pneus: | 245/45 R20 |
Dimensões (C/L/A): | 5,04 m/1,90 m/1,49 m |
Entre-eixos: | 3,05 m |
Peso: | 1.828 kg |
Sério?
Nos testes da Revista Carro de pista e cidade o consumo registrado foi:
Consumo Urbano:8,6 km/l
Consumo Rodoviário: 14,0 km/l
Méd. PECO (cidade/rodovia): 11,0km/l
Qual o consumo na cidade e estrada do 300c 3.6 v6