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Testamos o BYD Song Pro: consumo real, itens de série e preços

SUV chega em duas versões com até 235 cv e supera os 20km/l mas deve equipamentos de série

Por Marcos Camargo Jr. Fotos: Marcos Camargo Jr. 

A BYD lançou o Song Pro no mercado nacional para reforçar o time de SUVs que já tem o Plus, Yuan e o luxuoso Tan à venda no Brasil. O Song Pro foi lançado em duas versões: GL por R$ 189.800 e a GS por R$ 199.800 com praticamente o mesmo conteúdo mecânico com exceção da bateria que muda a autonomia e alcance. A revista CARRO testou o novo Song Pro ao longo de uma semana.

Não é um Song Plus

 

Embora pareça o mesmo carro o Song Pro difere muito do Plus até nas medidas. Em relação ao tamanho, o BYD Song Pro tem 4,74 metros de comprimento, 1,86 metro de largura, 1,71 metro de altura e entre-eixos de 2,71 metros. O porta-malas tem bons 520 litros. Ele é maior e mais estreito e com porta-malas menor que o Plus.

Visualmente, ele tem uma grade com a mesma identidade dos BYD mas diferente na proposta. A grade tem elementos horizontais com moldura em preto brilhante. Os faróis em Led são preenchidos por elementos verticais e horizontais formando três “L” no conjunto ótico. A lateral segue o mesmo padrão já conhecido e na traseira a uma lanterna com nova identidade visual, o novo emblema da marca e também um novo pára-choque com maior preenchimento plástico, diferente do Song plus.

Por dentro também se nota a mesma identidade do irmão maior. Os materiais são de boa qualidade, porém abrem mão de alguns detalhes brilhantes presentes no Song Plus.

O Song Pro conta com duas telas, sendo uma de 8,8 polegadas para cluster de instrumentos e a multimídia de 12,8 polegadas com sistema giratório já conhecido e espelhamento sem fio para Apple Car Play e Android Auto, sistema de câmeras 360 entre outros elementos.

Motor igual e bateria diferente

 

Sob o capô, o BYD Song Pro vem equipado com o sistema DM-i com motor 1.5 litro aspirado de 98 cv com 12,4 kgfm de torque, além de um motor elétrico de 197 cv e 30,6 kgfm de torque. A potência combinada divulgada pela marca chinesa é de 223 cv na versão GL e 235 cv na configuração GS. Inclusive, a bateria é de 12,9 kWh na opção de entrada, fazendo 71 km de autonomia no modo elétrico, e de 18,3 kWh, permitindo rodar até 110 km no modo 100% elétrico. Assim como o King, o Song Pro não conta com teto solar e nem sistema ADAS.

Teste

 

O BYD Song Pro se mostra com proposta familiar de conforto e o mínimo esperado de um SUV. Mas a fórmula surpreende positivamente no uso diário. O conjunto mecânico é bastante suficiente e ao mesmo tempo eficiente no consumo. Os 235cv aparecem rápido ao pisar fundo no acelerador e a transição entre o motor elétrico e a combustão é bem suave. Na prática o motor 1.5 será ouvido apenas quando o motorista pisar fundo Quando o ronco do quatro cilindros será ouvido. Do contrário, na cidade, Mesmo em velocidade média quem dará conta do recado será o motor elétrico.

A calibração da suspensão que é do tipo independente na dianteira e também na traseira, mostra que para o Brasil os engenheiros da BYD poderiam pensar algo um pouco mais preciso. Em situações de valeta, buraco e também nos solavancos do dia-a-dia a carroceria parece um pouco solta demais. Isso se deve ao acerto excessivamente confortável dos amortecedores e molas.

No entanto, a perspectiva de direção do carro é bem agradável. Outro ponto negativo é a ausência total dos assistentes de segurança. É fácil entender que por questão de preços a BYD tem optado por retirar o pacote ADAS do Song Pro mas bem que ele poderia ter ao menos um um alerta de ponto cego e de frenagem. Estes são itens praticamente de série neste segmento de SUVs médios no país. Em segurança o proprietário terá que se contentar com câmera 360° que são de boa qualidade e sensor dianteiro.

Claro que tudo tem seu preço e por menos de R$ 200 mil o consumidor não terá nada tão eficiente por um preço tão baixo. Além de tudo, o Song Pro é de fato um carro familiar bastante confortável e não falta potência pois seus 235cv são bem suficientes. Resta saber se o comprador abre mão facilmente de itens de segurança que já são quase padrão nos concorrentes. Caso não abra mão, terá que partir certamente para o Song Plus já na faixa dos R$ 240 mil.

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