Tração traseira dá o tom na dirigibilidade do novo Z4, que volta a adotar teto retrátil de lona
Muitos puristas têm torcido o nariz para o rompimento de algumas tradições nos BMW, como a mudança da tração traseira para dianteira em alguns modelos recentes. O novo Z4 – ufa! – continua a despejar a força no eixo atrás dos bancos e volta a adotar a tradicional capota retrátil de lona, charme inaugurado na linha com o raro Z1, de 1989. A operação “sem teto” pode ser feita a até 50 km/h e leva apenas 10 segundos para abertura ou fechamento.
O novo Z4 foi desenvolvido em conjunto com a Toyota, que projetou na mesma base do BMW o cupê Supra. Em relação ao antecessor, o roadster produzido em Graz, na Áustria, cresceu 85 mm em comprimento (4.324 mm ao todo), 74 mm em largura (1.864) e 13 mm em altura (1.304).
Pudemos dirigir o novo Z4 no autódromo José Carlos Pace, em Interlagos, São Paulo. A combinação de entre-eixos reduzido (passou de 2.496 mm para 2.470), bitolas mais largas na dianteira e traseira e a tradicional divisão de peso 50:50 faz do Z4 um brinquedo divertidíssimo em curvas.
A posição de guiar é exemplar, com assento próximo ao chão, volante de aro grosso e o tradicional acelerador que pivota no assoalho. A leitura das informações no quadro de instrumentos digital com tela de 12,3 polegadas é bem mais clara em relação aos antigos BMW com velocímetro analógico e iluminação âmbar. O Z4 adota o assistente pessoal inteligente, já presente no 330i Sport. Por meio de comandos de voz mais intuitivos, é possível ajustar a temperatura do ar-condicionado ou abrir e fechar os vidros, por exemplo.