O Porsche 718 Boxster GTS é o mais radical da família. Dirigibilidade intensa e equilíbrio impecáveis são suas maiores qualidades
Os motores de quatro cilindros já equiparam alguns Porsche, como os modelos 356, 924 e 944, só para citar. O 2.5 turbo do 718 Boxster GTS em posição central-traseira despeja 365 cv de potência e 43,8 kgfm de torque. Mais canhão que o 718 Boxster S (350 cv e 42,8 kgfm) ou o Jaguar F-Type V6 3.0 Supercharged (340 cv, ainda que com torque maior de 45,9 kgfm).
À medida que pegava intimidade, passei a abusar e as respostas instantâneas são energéticas. O turbolag (atraso antes de o turbo encher) é pequeno e a sinfonia vinda do escapamento merece um capítulo à parte. A sonoridade tornou-se mais intensa ao recolher o teto de lona permitindo ainda ouvir o sopro do turbocompressor. O câmbio de dupla embreagem e sete marchas PDK (Porsche Doppelkupplung) é uma obra de arte da engenharia moderna por trabalhar cirurgicamente nas mudanças ou reduções. Parece adivinhar os pensamentos do condutor.
Os modos de condução Normal, Individual, Sport e Sport+ são escolhidos pelo seletor giratório no volante e mudam determinados parâmetros, como respostas do pedal do acelerador, transmissão, direção, suspensões e o volume do som do escapamento. Andei grande parte do tempo no radical Sport+. Ao centro desse seletor giratório está o botão Sport Response, que por 20 segundos configura motor e transmissão para a entrega máxima de desempenho. As suspensões deixam o Porsche grudado no chão.
Mesmo com tração traseira, ao entrar rapidamente nas curvas não há tendência de saídas de frente ou de traseira. Uma locomotiva! O motor na posição central-traseira coopera no irrepreensível comportamento dinâmico e o 718 Boxster GTS, na minha opinião, é o esportivo a ser batido no quesito equilíbrio.
Veja a tabela de teste com os números de pista do Porsche 718 Boxster GTS: