Preço extra para levar itens que poderiam vir de série deixa o custo-benefício
da nova Fiat Toro Endurance 2.0 em xeque
Na linha 2020, a Toro traz para-choque timidamente redesenhado, com um aplique plástico na região da placa que lembra uma barra de impulsão. Houve ainda alterações na gama de versões, com destaque para as inéditas Endurance 1.8 manual (R$ 94.990) e Endurance 2.0 AT (R$ 131.990), aqui avaliada. Alteração bem-vinda é a adoção de uma nova central multimídia, com tela maior (de 7 polegadas) e compatível com Android Auto e Apple CarPlay.
Pontos a melhorar são a largura das colunas dianteiras (aumenta consideravelmente os pontos cegos), a escassez de porta-objetos na cabine e o alto volume do aviso sonoro quando o alarme é acionado. Outra falta inexplicável é a ausência de uma simples etiqueta na base da porta do motorista ou na tampa do bocal de abastecimento com a indicação da pressão de enchimento dos pneus – é preciso sempre recorrer ao manual do proprietário para descobrir qual a recomendação para rodagem com média ou plena carga.
Ao contrário das versões 1.8 flex, não falta agilidade à Toro com motor turbodiesel. Os 170 cv de potência e 35,7 kgfm de torque gerados pelo 2.0 Multijet são suficientes para levar a picape de zero a 100 km/h em 11s3 e retomar de 40 a 100 km/h em 8s6.
Com inegáveis qualidades, a Toro Endurance 2.0 “derrapa” no quesito custo-benefício. Para equipá-la com itens valorizados pelo consumidor (como central multimídia ou sensor de estacionamento), é preciso acrescentar dois pacotes de opcionais, que elevam o preço a R$ 140.990 (somada a pintura metálica). Por este valor, a Freedom 2.0 (R$ 143.990) torna-se uma opção muito mais atraente, já que traz de série os opcionais da Endurance e vem com equipamentos extras, como ar-condicionado digital de duas zonas, capota marítima, apoio de braço com porta-objetos, borboletas no volante e bancos com acabamento diferenciado.