A Mercedes-Benz começou a vender a nova Classe E no Brasil há pouco tempo. Testamos a versão de entrada, a E 250 Avantgarde. A plataforma é a mesma, mas o design foi totalmente renovado e o modelo adotou um motor mais eficiente, para atender às normas de emissões de poluentes europeias.
A marca sabe que sua base de clientes está concentrada em uma geração que já não pode ser considerada exatamente jovem. Em busca do rejuvenescimento, a reestilização do modelo ganhou algum arrojo.
Há linhas mais ousadas e vincos marcantes. As lâmpadas tradicionais foram substituídas por LEDs e, apesar de estarem sob uma lente única, ainda continuam com dois fachos para lembrar que o E usava dois pares de faróis desde 1997.
O interior usa couro sintético e aço escovado. Madeira só na E 350. Um pouco de juventude, mas ainda com o ar aristocrático de sempre. Talvez o suficiente para atrair novos clientes e não desagradar os atuais de mais idade.
Experiente ou novato, porém, quem gosta de guiar saberá que está no lugar certo em poucos minutos ao volante. O modelo continua um carro sempre à mão do motorista.
A direção é rápida e precisa, o acerto da suspensão mostra-se eficiente e não falta confiança ao motorista para entrar forte nas curvas. O novo motor tem respostas ainda mais fortes ao ser exigido.
Na melhor receita do downsizing, o 2.0 turbo entrega 211 cv e 35,7 mkgf de torque já a baixas rotações. Auxiliado pelo sistema start-stop, que desliga o motor em paradas para poupar combustível, o consumo é baixo: 8,4 km/l na cidade, marca digna de motores 1.6.
O câmbio automático de 7 marchas apresenta trocas suaves, mas não é dos mais dinâmicos. A suspensão traseira tem amortecedores adaptativos, com uma válvula que regula o sistema automaticamente, de acordo com o terreno.
Os freios são tão eficientes quanto o acelerador. Em caso de perda de aderência, a eletrônica ainda pode reduzir a potência do motor e controlar a tração em cada roda.
Seu bolso
Preço (carro testado): R$ 229.900
Desvalorização (1 ano): 15 %
Garantia: 1 ano
Financiamento (taxa mensal): 1,5 %
Parcela (50% de entrada + saldo em 36x): R$ 4.155
IPVA (4%): R$ 9.196
Versão básica: R$ 229.900
Conclusão
Média Final: 8,5
A atualização conferiu jovialidade, mas o visual ainda tem uma dose de sobriedade ou não seria um sedã Mercedes. A dirigibilidade continua impecável e está acompanhada de um motor ainda mais eficiente e bons ajustes na suspensão. – Ricardo Ribeiro
Nossas medições
Aceleração 0-100 km/h: 7,8s
Retomada 60-120 km/h em Drive: 8,3s
Frenagem 80 a 0 km/h (m): 23,4
Consumo cidade (km/l): 8,4
Consumo estrada (km/l): 13,1
Ruído a 120 km/h em Drive (dB): 61,8
Dados da fabricante
Motor 4 cil. turbo, dianteiro, longitudinal; Cilindrada 1.991 cm3; Potência 211 cv a 5.500 rpm; Torque 35,7 kgfm entre 1.200 e 4.000 rpm; Câmbio automático, 7 marchas; Tração traseira; Comprimento 4,87 m; Largura 2,07 m; Altura 1,47 m; Entre-eixos: 2,87 m; Porta-malas 540 l; Peso 1.680 kg