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VW confirma Nivus para junho, mas congela sucessor do Gol

VW Nivus

Presidente da fabricante adiantou informações sobre planos da marca no cenário pós-Covid 19 durante transmissão ao vivo

 

“O lançamento do Volkswagen Nivus está mantido para o fim do primeiro semestre”. A confirmação foi feita pelo presidente e CEO da Volkswagen do Brasil e América Latina, Pablo Di Si, durante entrevista ao vivo para o portal Automotive Business na manhã desta quarta-feira (15).

O executivo-chefe da fabricante não detalhou de que forma será o lançamento, mas adiantou informações de um item inédito do Nivus: a nova central multimídia com sistema de compras online e serviços de entretenimento integrados.

“O Nivus foi 100% desenvolvido no Brasil. Não só o design, mas também o infotenimento, que terá menu interativo onde o consumidor vai estar no comando. Fizemos parcerias com várias empresas e vamos começar a monetizar na forma de serviços”, explicou Di Si.

Novos investimentos congelados

Apesar de manter o cronograma de lançamento do Nivus (ainda que com possíveis adaptações a fim de manter o distanciamento social), o presidente da Volkswagen afirmou que irá congelar novos investimentos. Isso inclui o projeto de um sucessor do Gol, previsto para ser produzido em 2022 na fábrica de Taubaté (SP).

“Estávamos prestes a comunicar um novo plano de investimentos antes da pandemia. Isso está congelado, o que significa que não está nem cancelado, nem confirmado”, afirmou Pablo Di Si sobre o aporte que viabilizaria o projeto do sucessor do Gol e outra leva de produtos. Em 2017, a empresa anunciou R$ 7 bilhões de investimentos para o lançamento de 20 modelos até 2020, como Polo, Virtus, T-Cross e Nivus.

Feito em uma variante mais simples da plataforma MQB, o sucessor do Gol teria a proposta de mini-SUV, nos moldes do Renault Kwid. O objetivo seria substituir up!, Gol e Fox com um único modelo produzido em larga escala.

“Reavaliaremos os planos no segundo semestre”, indicou Di Si. “Em 4 meses [de duração da crise de Covid-19], vamos gastar o equivalente a um plano de investimento de 3 ou 4 anos”, exemplifica o presidente sobre o comprometimento do caixa da empresa durante a pandemia.

Retorno gradual da produção

A Volkswagen prevê retorno gradual nas atividades das suas quatro fábricas no Brasil (São Bernardo do Campo, Taubaté, São José dos Pinhais e São Carlos). “Negociamos flexibilizações [de acordos trabalhistas] com os sindicatos para não demitir. Não vamos retomar a produção com três turnos, mas com apenas um turno”, afirma. Segundo Di Si, haverá atenção redobrada com as normas de segurança da OMS, como o distanciamento mínimo entre os colaboradores. “Nossa preocupação neste momento é com a saúde de nossos funcionários”, revelou. O retorno da produção é esperado para maio, ainda sem data exata definida.

Fotos: Arquivo

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