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Uma volta no ASX nacional

Mitsubishi ASX

A partir de julho, as concessionárias da Mitsubishi em todo o país começam a receber as primeiras unidades do ASX fabricado em Catalão, GO. Vendido no Brasil desde 2012, o crossover era importado do Japão.

Um investimento iniciado em 2010 levou a ampliação da linha. Até 2015, a capacidade passará de 50.000 para 100.000 unidades/ano. Em 2014,  a unidade, que já produz a picape L200 Triton e linha de utilitários Pajero, também começará a fabricar o sedã Lancer.

O ASX nacional recebeu modificações para o mercado brasileiro. A suspensão foi elevada, e a carga dos amortecedes e das molas, aumentada. Dirigimos o ASX nacional na pista de testes da fábrica em Goiás e por cerca de 100 km em estradas. O motor 2.0 de 160 cv continua com boa resposta na cidade e entrega torque alto já a baixas rotações. O câmbio CVT (continuamente variável), porém, ainda deixa a desejar. 

Na hora das ultrapassagens, é preciso calcular bem e acelerar fundo, o que faz com que o barulho invada a cabine. Já em subidas, é preciso reduzir bem as marchas. O CVT simula 6 marchas e as trocas podem ser feitas por meio da alavanca ou das borboletas junto do volante.

Com o novo acerto, a suspensão se mostrou firme e superou bem buracos e irregularidades de trechos de terra. O ASX enfrentou com facilidade caminhos acidentados. O conjunto, porém, não sacrifica o conforto e mostrou-se mais suave durante a condução sobre vias asfaltadas.

O percurso quase sem curvas não permitiu avaliar muito a inclinação da carroceria. No entanto, não há indicação de que a boa estabilidade verificada na versão importada tenha sido alterada.

O ASX conta com tração 4×4 acionada no painel. A redistribuição eletrônica da força nas rodas de maneira inteligente garante estabilidade em terrenos de baixa aderência. Ela pode ser automática, mas também existe uma função Lock, que faz com que o 4×4 atue em tempo integral.

Entre os itens disponíveis ainda há controles eletrônicos de estabilidade e de tração, assistente de partida em rampas, ABS e airbags frontais, laterais e de joelho.

A versão avaliada foi a topo de linha 4×4 com câmbio CVT, que custa R$ 99.990. A de entrada, 4×2 e manual sai por R$ 83.490 e a intermediária, com tração dianteira e caixa CVT, custa R$ 89.490.

Os principais rivais são o recém-lançado Toyota RAV4 (de R$ 96.900 a R$ 106.900), que vem do Japão, e o Hyundai ix35 (de R$ 85.260 a R$ 113.680), importado da Coreia do Sul. 

A Mitsubishi vende 800 unidades do ASX importado por mês e espera chegar a 1.100 com o nacional. De acordo com a empresa, não há planos para lançar uma versão flex do veículo.

Mitsubishi ASX

Motor 4 cilindros em linha, transversal, gasolina; Cilindrada 1.998 cm3; Cabeçote 4 válvulas por cilindro; Potência 160 cv a 6.000 rpm; Torque 20,1 mkgf a 4.200 rpm; Câmbio CVT (continuamente variável); Tração integral; Suspensão dianteira McPherson; Suspensão traseira multibraço; Rodas liga leve 18”; Comprimento 4,30 m; Largura 1,77 m; Altura 1,62 m; Porta-malas n/d; Peso 1.345 kg

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