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Teste: novo Outlander

O Mitsubishi Outlander desembarcou por aqui em 2003 com motor 2.4 de apenas 136 cv, atendendo pelo nome de Airtrek. O SUV recebeu o nome atual em 2007, quando também recebeu novo propulsor, no caso um 3.0 V6 de 220 cv de potência. A geração anterior, que acaba de sair de linha, entrou no mercado dois anos depois com duas opções de propulsor: 2.0 com quatro cilindros de 160 cv e tração 4×2 e o 3.0 V6 de 240 cv com opção de tração integral. E é com os mesmos motores que a nova geração, intitulada All New Outlander (o “todo novo Outlander”), que a Mitsubishi busca atrair clientes para o utilitário esportivo no Brasil, onde ele chega por R$ 102.990 (2.0) e R$ 130.990 (3.0 V6). 

O SUV é feito na mesma base do anterior, repetindo também as medidas externas. Ele também ficou mais baixinho, pois a altura livre do solo diminuiu em 7 mm, agora com 20,5 cm. Assim foi possível diminuir o coeficiente aerodinâmico do Outlander para 0,33 cx, resultado bom para um SUV. Comparando com o Fiat Bravo, é o mesmo coeficiente aerodinâmico, mas o hatch é 20 cm mais baixo.

Nosso primeiro contato com o All New Outlander foi na versão top, com o pacote Full Technology. Assim equipado, ele traz itens de série inéditos em utilitários esportivos de até R$ 140.000.  Entre eles está o piloto automático adaptativo (ACC), que utiliza radares para detectar um carro à frente e ajustar a velocidade. Recurso interessante para viagens longas. Unido ao ACC há o FCM (Forward Collision Mitigation), radar que controla a distância de objetos à frente e avisa o motorista quando há risco de colisão, com alertas sonoros na cabine. Caso o sistema perceba que o motorista não reage e há risco eminente de colisão, há um aviso sonoro e, se a diferença da velocidade entre o SUV e outro automóvel for de até 30 km/h, o sistema consegue evitar a colisão, freando o veículo.

Para a segurança do motorista e passageiros, há, desde a versão 2.0, dois airbags frontais, dois laterais, quatro de cortina e um para o joelho do condutor. A direção conta com assistência elétrica. E para quem acha que a tecnologia deve nos servir, nada como acendimento automático dos faróis, sensor de chuva e fechamento automático do porta-malas. A tampa tem sensores na borracha que detectam, por exemplo, se há um dedo desavisado preso entre a porta e a lataria, fazendo com que a tampa volte a abrir e impedindo qualquer acidente. O bagageiro tem 798 litros de capacidade, com a terceira fileira rebatida, medindo até o teto. Com as duas fileiras rebatidas, a capacidade é próxima à de uma caçamba de picape média: 1.625 litros. Além disso, há 10 porta-copos e 15 porta-objetos.

Se você precisar acomodar uma pessoa com mais de 1,60 m na terceira fileira, o que já seria desconfortável por conta da altura e espaço para as pernas, a segunda fileira pode correr sobre um trilho até 25 cm, deixando o sexto e sétimo ocupantes mais à vontade.

O novo Outlander está 100 kg mais leve que o antecessor. O relacionamento açucarado entre o motor e o câmbio automático de 6 marchas deixou o veículo silencioso: com a 6ª marcha engatada e a 120 km/h, o motor gira em torno de 2.000 rpm. A 100 km/h, a rotação é de 1.600, o que auxilia no conforto acústico. O motor MIVEC 3.0 V6 de 24 válvulas e comando único no cabeçote disponibiliza 240 cv e 31 mkgf de torque a 3.750 rpm. Esses números são suficientes para empurrar o SUV de 1.570 kg de 0 a 100 km/h em 8s5. Já o 2.0 16V de 160 cv entrega 20,1 mkgf de torque a 4.200 rpm.

Existem três opções para o sistema de tração: Eco, que mantém o carro na maior parte do tempo em modo 4×2 para economizar combustível; Auto, na qual o sistema identifica qual a necessidade do momento e distribui a tração; e a Lock, que mantém a tração integral acionada todo tempo.

No habitáculo, uma bela tela de 7” compõe o painel, que tem ar-condicionado de duas zonas e sistema multimídia Black Glass sensível ao toque. A central conta ainda com o DIS (sistema dinâmico de informação, traduzindo a sigla em inglês) que informa a aceleração lateral, bússola, inclinação frontal e altitude, além do GPS. Como todo SUV top de linha, o Outlander também conta com teto solar. E para conforto em dias frios, há dois níveis de aquecimento dos bancos dianteiros, que contam com ajustes elétricos, assim como a coluna de direção. O volante também oferece os comandos do rádio e do cruise control adaptativo.

A marca pretende emplacar 600 unidades por mês do All New Outlander. A chegada do modelo ao país faz parte do recente ciclo de investimentos da marca no Brasil até 2015, que será finalizado com a nacionalização do Lancer no país. Segundo o Diretor de Engenharia e Planejamento da Mitubishi Motors do Brasil, Reinaldo Muratori, a versão 2.0 deverá responder por 60% do mix de vendas, sendo que o restante ficará a cargo do 3.0 V6.

Conclusão: 8,1

O novo visual do Outlander não é o que mais chama a atenção do carro. O nível de equipamentos e o preço pelo qual está sendo ofere-cido, apesar do pacote de tecnologia custar R$ 9 000, faz dele uma ótima opção familiar. – Vinícius Montoia

Nossas medições

Aceleração 0-100 km/h     8,5s
Retomada 60-120 km/h em Drive     9,1s
Frenagem 80 a 0 km/h (m)    25,4
Consumo cidade (km/l)    N/D
Consumo estrada (km/l)    N/D
Ruído a 120 km/h em Drive (dB)    66,8

Dados da fabricante Motor 6 cil. em V, dianteiro, transversal; Cilindrada 2 998 cm3; Potência 240 cv a 
6 250 rpm
; Torque 31 mkgf a 3 750 rpm; Câmbio automático, 6 marchas; Tração 4×4; Comprimento 4,65 m; Largura 1,80 m; Altura 1,68 m; Entre-eixos: 2,67 m; Porta-malas 798 l; Peso 1 570 kg.

 

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