Fazer a lista dos carros mais vendidos é moleza. É na dos menos vendidos que o bicho pega.
CARRO ONLINE buscou no relatório de julho da Fenabrave (associação das revendas) os modelos em linha que menos emplacaram no Brasil ao longo de 2015. Para evitar distorções, foram considerados apenas os fabricados no país, no Mercosul e no México, que estão submetidos ao mesmo regime tributário.
Conheça, a seguir, os carros mais malposicionados em cada segmento — e julgue você mesmo se eles merecem estar nessa incômoda posição. Nas legendas das fotos estão o nome do modelo e, entre parênteses, unidades vendidas até o final de julho:
Segmento: Entrada, liderado por Fiat Palio (74.068)
Local de fabricação: Argentina
Preço inicial: R$ 34.873
Qual o problema? Projeto antiquado, o Clio está na iminência de ser aposentado pelo compacto Kwid, que seria fabricado no Brasil. De série, conta com ar-condicionado e vidros elétricos dianteiros, numa lista pouco atraente e em cabine com visual ultrapassado. Seu trunfo é ainda ser um dos carros mais econômicos do Brasil, segundo o Programa de Etiquetagem Veicular do Inmetro.
Saiba mais: http://goo.gl/7sBMyA
Segmento: Hatches compactos, liderado por Chevrolet Onix (66.515)
Local de fabricação: Porto Real (RJ)
Preço inicial: a partir de R$ 45.990
Qual o problema? Preconceito, rede restrita, desvalorização… Como produto, no entanto, o 208 não merece críticas. A nova estratégia da marca em oferecer apenas carros completos beneficiou a linha 2016 do compacto, que conta com lista de equipamentos bem generosa desde a versão de entrada: trio e direção elétricos, ar-condicionado, faróis de neblina e luzes de condução diurna (DRL). O desempenho do motor 1.5 de 93 cv também agrada.
Saiba mais: http://goo.gl/HBKQZ8
Segmento: Hatches médios, liderado por Ford Focus (9.075)
Local de fabricação: Betim (MG)
Preço inicial: parte de R$ 63.680
Qual o problema? O segmento dos hatches médios vem sofrendo de maneira geral, e o Bravo é o que mais sente o golpe, até pela concorrência interna com o Punto: mais caro, não oferece vantagem muito significativa no espaço interno em relação ao “primo”. O motor 1.8 E.TorQ de 132 cv garante desempenho apenas razoável e não é econômico (faz média de 8,9 km/l com gasolina). E, claro, falta um câmbio automático de verdade, e não apenas robotizado
Saiba mais: http://goo.gl/7UaPPK
Segmento: Sedãs pequenos, liderado por Chevrolet Prisma (40.332)
Local de fabricação: Sorocaba (SP)
Preço inicial: R$ 45.190
Qual o problema? O Etios é um carro bastante agradável de guiar, com desempenho satisfatório do motor 1.5, bom acerto de suspensões e tem confiabilidade mecânica. Mas seu estilo “feito para ser táxi” emperra suas vendas (o Renault Logan, por exemplo, soube se reinventar). De série, o Etios sedã traz os itens essenciais para a categoria, mas o painel centralizado é estranho ao mercado brasileiro e a cabine simples demais incomoda.
Saiba mais: http://goo.gl/4quqr8
Segmento: Sedãs compactos, liderado por Honda City (16.285)
Local de fabricação: São Bernardo do Campo (SP)
Preço inicial: R$ 55.790
Qual o problema? Sempre coadjuvante no mercado (a versão hatch faz muito mais sucesso), seu ponto fraco é o espaço interno traseiro muito limitado. Mas é um bom carro, dotado de controles de estabilidade e tração (que o líder City não tem), além de assistente de partida em rampas, ar digital e trio elétrico.
Saiba mais: http://goo.gl/RZCUW3
Segmento: Sedãs médios, liderado por Toyota Corolla (38.082)
Local de fabricação: Porto Real (RJ)
Preço inicial: R$ 74.990
Qual o problema? Deve ser renovado até o final do ano e ficar mais parecido com o hatch 308 europeu, o que pode torná-lo um pouco mais atrante. O custo-benefício do 408 é interessante, por oferecer ar-condicionado de duas zonas e rodas de liga leve de 17” já na versão mais barata. Só que a forte desvalorização e a rede mais restrita são empecilhos.
Saiba mais: http://goo.gl/HnDL6Y
Segmento: Station wagons (peruas), liderado por Fiat Weekend (6.823)
Local de fabricação: São José dos Pinhais (PR)
Preço inicial: R$ 56.220
Qual o problema dele? A desvantagem da perua da Volks ante a única concorrente direto é quanto ela custa. Pelo preço acima, não traz trio elétrico, e o motor 1.6 ainda é o antigo EA111 de 104 cv, bastante inferior ao de 120 cv que equipa a versão mais cara. Mas tem melhor dirigibilidade e cabine mais refinada que o Weekend.
Saiba mais: http://goo.gl/ZKPZX9
Segmento: Monovolumes, liderado por Honda Fit (26.075)
Local de fabricação: Porto Real (RJ)
Preço inicial: R$ 52.990
Qual o problema? O visual peculiar desse Citroën (que deve sair de linha em breve) é um dos problemas. Outro é o elevado consumo de combustível. O carro vem bem completo de série e possui um interior com estilo mais refinado e bastante versatilidade.
Saiba mais: http://goo.gl/pXolZ8
Segmento: SUVs, liderado por Honda HR-V (22.002)
Local de fabricação: México
Preço inicial: R$ 111.090
Qual o problema? Vendido atualmente apenas com motor 2.4 de 184 cv, o Captiva foi ficando de lado conforme o segmento se expandiu com opções mais baratas e de bom desempenho, espaço e conforto. Além disso, é caro e peca no consumo de combustível.
Saiba mais: http://goo.gl/WxuXWB
Segmento: Picapes pequenas, liderado por Fiat Strada (63.466)
Local de fabricação: Gravataí, RS
Preço incial: R$ 43.550
Qual o problema? Tem a maior caçamba na comparação com suas concorrentes mais vendidas, mas o motor 1.4 de 99 cv deixa a desejar em desempenho. A falta de opções com cabine estendida ou dupla, oferecidas por Strada e Volkswagen Saveiro, também atrapalha as vendas. Isso sem falar no visual da dianteira, herdado do finado Agile.
Saiba mais: http://goo.gl/CGacvb
Segmento: Picapes grandes, liderado por Chevrolet S10 (23.499)
Local de fabricação: São José dos Pinhais (PR)
Preço inicial: R$ 102.190
Qual o problema? A modernização de todas as suas concorrentes deixou o modelo num papel secundário no mercado, o que diminui a chance de uma boa revenda. O visual ultrapassado (à espera da renovação que deve acontecer até o final de 2016) é outro ponto negativo.
Saiba mais: http://goo.gl/HdGsLE