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O nome do Tucson

Além de ser o nome do conhecido (e defasado) SUV médio produzido pela Hyundai-Caoa no Brasil, Tucson é a segunda cidade mais populosa do Arizona, nos Estados Unidos. Além disso, foi o local onde Morgan Earp foi assassinado em 1882. Por conta desse crime, seu irmão, o famoso xerife Wyatt Earp promoveu uma caçada aos suspeitos que resultou em outras quatro mortes e na acusação de Wyatt por homicídio.


Essa história serve para mostrar como o nome Tucson está relacionado ao Velho Oeste e a aventuras, pôr-do-sol no deserto e acampamentos, assim como Santa Fe, Santa Cruz (ainda um conceito) e Vera Cruz, outros nomes utilizados pela Hyundai. Não é de se estranhar, portanto, que a fabricante sul-coreana tenha decidido voltar a utilizar o nome Tucson para batizar o modelo que substitui o atual ix35 (também vendido no Brasil; atenção para não se confundir!) com o qual pretende não só recuperar espaço no segmento dos SUVs médios, como superar concorrentes de peso (principalmente o Volkswagen Tiguan). A missão não será nem um pouco fácil, mas o novo Tucson tem qualidades para se sair bem.

Antes de prosseguir, porém, vale esclarecer que a Hyundai-Caoa apressou-se a emitir um comunicado logo após a exibição do novo Tucson no Salão de Genebra de 2015, no qual afirma que o veículo “recém-apresentado pela Hyundai Global não tem previsão de produção, nem de comercialização no Brasil”. Ou seja, seriam mantidos os atuais ix35 e Tucson.


Poucos dias depois, porém, o modelo foi flagrado em testes no Brasil e suas fotos foram publicadas por diversos sites especializados. Além disso, ainda durante a mostra suíça, os executivos da empresa não negaram que o novo Tucson também deverá desembarcar no Brasil, inicialmente importado da Europa.

Voltando ao Tucson, esqueça o atual ix35 vendido no Brasil. O novo SUV tem pouca coisa em comum com o antecessor e é mais elegante, robusto e com visual menos alegre. A Hyundai faz alarde sobre a generosa grade frontal, que exibe o novo padrão visual da marca. Ele foi resultado de um estudo de design feito utilizando a picape conceito Santa Cruz. Assim como fez com os modelos da Kia, o chefe de design do grupo Hyundai, Peter Schreyer, pretende fazer com que os veículos da Hyundai sejam reconhecidos ao primeiro olhar.  

Você pode até tentar descobrir quem criou essa estratégia primeiro, mas o fato é que marcas como Audi, Ford, Maserati e Aston Martin seguem esse mesmo princípio de identidade visual. Assim, quem vê o Tucson imediatamente se lembra da já citada picape Santa Cruz, exibida no Salão de Detroit, em janeiro.

“Em conjunto com o Santa Fe, o novo Tucson é um passo importante para o novo DNA da marca Hyundai”, explicou Peter Schreyer. “O carro transmite a sensação de ser mais maduro e forte.”


O visual, porém, não é o suficiente para superar os rivais. Ainda mais em um segmento que possui concorrentes como Tiguan ou Kia Sportage. Para isso, o Tucson cresceu e ficou 65 mm mais longo e 30 mm mais largo em relação ao antecessor, mas ficou 15 mm mais baixo. Outra atração é o seu porta-malas, com ótimos 513 litros de capacidade. O entre-eixos também cresceu 30 mm. As novas medidas se traduzem em mais conforto para os ocupantes, o que é sempre bom.

TREM-DE-FORÇA
No mercado europeu, o novo Tucson terá versões com tração dianteira ou integral. Na 
primeira, haverá opções de motores a gasolina (1.6 de aspiração natural e 133 cv ou turbo de 174 cv) e a diesel (1.7 de 113 cv e 30 mkgf). Já a AWD terá apenas propulsores a diesel, ambos 2.0, sendo um com 134 cv e outro com 181 cv. Os câmbio poderão ser manual ou automático (ambos de 6 marchas), além de uma inédita caixa robotizada de dupla embreagem e sete marchas. 

Produzido na unidade que a Hyundai possui em Nosovice, na República Tcheca, o novo Tucson chegará com preços que, ao que tudo indica, continuarão dentro da faixa dos concorrentes, o que poderá tornar o SUV médio um rival e tanto. Se os europeus já podem comemorar, resta aos brasileiros aguardar e torcer para que a empresa confirme a chegada do modelo, que seria muito bem-vindo.

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